domingo, 26 de dezembro de 2010

Actividade 3 - Caminhando a pares...

Tema 3: Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação das aprendizagens em contexto online

Actividade 3 – Actividade de Pares

A Actividade 3 tem como objectivo proporcionar uma análise, reflexão e discussão sobre as perspectivas, princípios e modalidades/estratégias que têm vindo a emergir na literatura que aborda as questões específicas da avaliação das aprendizagens no contexto da educação online.
Competências a desenvolver:
• Caracterizar perspectivas sobre a avaliação das aprendizagens em contexto online.

O que fazer?
1ª Fase:

1) Constituição livre dos pares: Constituí par com o colega Fernando Faria.

2) Leitura e análise dos textos propostos: Os textos propostos para análise foram os seguintes:
• BARBERÀ, E. (2006) “Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación”. RED. Revista de Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI. http://www.um.es/ead/red/M6/
• PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In: Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola, v. , p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf

• Gomes M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.

"3) Elaboração de um documento (3/4 pág.) sintetizando as grandes linhas de força sobre o tema em estudo, complementada com uma breve reflexão final sobre o mesmo; A abordagem realizada poderá ser complementada com recurso a outras fontes, consideradas relevantes, para além das expressamente indicadas.
4) Apresentação do trabalho realizado ao Grupo turma no Forum da Actividade 3.
Apresentação no Forum da Actividade 3 até ao dia 30 de Dezembro. "

in Forúm de Apoio, Plataforma do Moodle, Concepção e Avaliação em E-Learning,

Professora Lúcia Amante.

2ª Fase:



5) Participar num Debate sobre os trabalhos apresentados. Este debate terá lugar no fórum durante os dias 23 e 30 de Dezembro.

(actualizado no dia 10.02.2011)
___________

Eis o nosso momento de reflexão final!

Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação
das aprendizagens em contexto online.

Unidade curricular:
Concepção e Avaliação em E-Learning.

“(…) o quê, quando e como avaliar?” (Primo, 2006: 17)


A avaliação em e-learning, as linhas pelas quais esta se orienta e a forma como se processa são as temáticas centrais dos artigos propostos para esta reflexão, ou seja, saber quem, o quê e como se está avaliar.

Com efeito, os três artigos de Maria João Gomes, Alex Primo e Elena Barberà, que nos foram fornecidos como Recursos de Aprendizagem para esta actividade, constituem excelentes exemplos das novas concepções de avaliação das aprendizagens em contexto online e servem de ponto de partida para uma reflexão sobre as perspectivas que têm vindo a emergir no contexto do ensino a distância.
Não será difícil encontrarmos aspectos comuns nos artigos referidos, nomeadamente a categorização da avaliação online em avaliação dos cursos e avaliação das aprendizagens dos alunos, embora o foco dos desenvolvimentos se centre neste segundo campo de avaliação.

No início dos seus artigos, os autores começam por rejeitar a forma tradicional de avaliação, em que o aluno, após um período de estudo individual, se apresenta a um exame de carácter presencial, onde os seus conhecimentos são postos à prova.

No contexto do ensino a distância, bem como no ensino presencial, Maria João Gomes identifica diversas funções para a avaliação: diagnóstica e formativa, sumativa, podendo ser de carácter qualitativo ou quantitativo.

Já para Elena Barberà, no seu texto Aportaciones de la Tecnologia a la e-Evaluación, a avaliação é composta por quatro dimensões que se interligam e se complementam:

“La evaluación puede ser entendida como evaluación del aprendizaje, es decir, la evaluación que nos da como resultado (…)
Así, la evaluación no es solamente evaluación del aprendizaje sino que es también evaluación para el aprendizaje. (…)
También se debería añadir la evaluación como aprendizaje. Esta dimensión contempla el aprendizaje mismo de la dinámica evaluativa en cuanto análisis y reflexión de las propias prácticas educativas llevadas a cabo por los propios alumnos. (…)
Por último la cuarta dimensión es la evaluación desde el aprendizaje.” (Barberà, 2006: 13)
Considerando esta perspectiva, a avaliação assume contornos emblemáticos no decorrer da aprendizagem em EaD, porém não pensemos que o acto de avaliar só é controverso em ambientes de aprendizagem virtual, muito pelo contrário; no entanto é nestes que se centra esta reflexão. Técnicas sobre como, quando e em que circunstâncias aferir a classificação dos alunos têm sido criadas, tendo sempre em conta a melhor forma para chegar a uma definição que seja rigorosa, autêntica e ponderada. Se considerarmos que o professor de EaD necessita de suportes que o auxiliem a avaliar, visto que terá que dispor de informação concreta sobre as actividades, empenho e presença social dos seus alunos, compreendemos o impacto dos registos automáticos dos LMSs - Learning Management Systems -, uma vez que estes servem de uma das linhas orientadoras base sobre as quais os professores e os alunos comunicam e se apercebem da presencialidade, monitorização e acompanhamento de cada um. Através dos LMSs é possível ao professor e aos alunos aferir os intervenientes que efectivamente participaram na actividade, quer através das suas participações nos fóruns, quer através das participações nos chats criados devidamente para esse efeito ou mesmo através das hiperligações acedidas.
“Importa ter presente que, do mesmo modo que os LMSs efectuam diversos tipos de registos de actividades dos estudantes, também fazem o mesmo relativamente às actividades dos professores (e tutores) do curso. (…) A consulta destes registos pode ser um elemento de auto e hetero – avaliação do envolvimento e desempenho do professor na dinamização e acompanhamento do curso.” (Gomes, 2006: 10)

Além de constituir um importante elemento relativamente a informações, como o período de maior afluxo dos estudantes, a actividade que resultou melhor (ou não), a participação mais bem conseguida numa determinada temática… Enfim, o conjunto destes detalhes permite ao professor avaliar o curso em si, saber o que correu bem e o que necessita de ser melhorado para cursos futuros. Porém, visto que o acto de avaliar é tão complexo, há que recorrer a outros elementos de cariz quantitativo – testes de escolha múltipla, verdadeiro/falso e de preenchimento de espaços lacunares, quizzes, etc. – e qualitativo – nomeadamente através da elaboração de E-portefólios - para aferir os resultados finais.

“Importa contudo ter a noção de que o tipo de técnica ou instrumento de avaliação seleccionado deve ser articulado com a natureza do que se quer avaliar e de que alguns tipos de instrumentos de avaliação são mais adequados a certos objectivos do que outros.” (Gomes, 2006: 11)

Se os quizzes e os testes de escolha múltipla permitem, uma vez analisados, criar e interpretar dados estatísticos concretos, as participações nos fóruns fornecem uma percepção da compreensão dos conteúdos abordados, sendo que é imprescindível que o professor ou tutor assuma a tarefa árdua e complexa de as analisar em termos de conteúdo, objectivos e regras de intervenção. Por outro lado, os E-portefólios facultam ao professor uma perspectiva de trilho representativo do cunho pessoal e reflexivo do aluno ao longo da unidade curricular, emitindo um feedback muito útil e relevante ao professor, uma vez que lhe dá a possibilidade de “conhecer” o perfil do aluno sem o contacto presencial.

Este tipo de avaliação proporciona ao professor a oportunidade de acompanhar de perto a trabalho do aluno, fornecendo-lhe um feedback atempado, motor principal da avaliação para a aprendizagem, segundo Elena Barberà.

Os mapas conceptuais constituem outra alternativa; uma vez que podem ser elaborados de forma colaborativa, facultam ao aluno uma boa estratégia de promoção da aprendizagem através da sistematização de ideias, sendo, no entanto, fulcral que o professor clarifique e delimite os seus objectivos e esteja “presente” apoiando os alunos em caso de dúvida.

Outro aspecto muito pertinente em termos de avaliação é quando as actividades assumem contornos colaborativos, isto é, quando são propostas tarefas a pares ou a grupos, pois não nos podemos esquecer do conceito de “comunidade de aprendizagem”, parte integrante da aprendizagem em EaD. Uma vez que o professor acompanha o desenrolar da actividade e presumivelmente já está familiarizado com anteriores intervenções dos alunos, facilmente se apercebe se o trabalho é feito colaborativamente ou não.

“Logo, além de motivar-se as discussões e debates na educação a distância, a produção de trabalhos coletivos ganha também enorme valor na construção cooperada do saber. (…) Com isso, o grupo torna-se também responsável por sucessivas ultrapassagens e reconstruções cognitivas.” (Primo, 2006: 17)

O acto de avaliar deve ser abordado à luz das suas diversas componentes e Maria João Gomes, no seu artigo “Problemáticas da Avaliação em Educação Online”, refere-as, delimita-as e indica com rigor que se deve acima de tudo optar por uma postura e abordagem “que seja holística, participada e formativa”. (Gomes, 2006: 18)

“A avaliação pode ter diversas funções, normalmente designadas de diagnóstica, formativa e sumativa, sendo que, em termos muito simplistas, à avaliação diagnóstica cabe a responsabilidade de permitir identificar o nível do aluno relativamente aos conhecimentos a adquirir e às competências a desenvolver no curso, à avaliação formativa compete facultar ao aluno e ao professor um feedback relativamente ao desenvolvimento das aprendizagens permitindo introduzir reajustes que se revelem necessários e sobre a avaliação sumativa recai normalmente a necessidade de facilitar a atribuição de uma “classificação” ao aluno.” (Gomes, 2006: 17)

Face ao exposto, o processo da avaliação é contínuo, activo, permanente, vivo e está sempre presente. Cabe ao professor escolher as formas de avaliar, podendo, no entanto, sugerir a diversificação de actividades a fim de enriquecer todo o processo e estimulá-lo através da diferença.

O “saber avaliar” implica competências e experiência, além de que é imperioso um olhar atento e cuidado sobre tudo o que acontece no decorrer do curso e, claro está, todos os detalhes devem ser cuidadosa e criteriosamente analisados para que o resultado final do percurso do estudante seja verdadeiramente transparente e claro.
Em resumo, a avaliação deverá levar em linha de conta a componente quantitativa, nomeadamente o acesso aos recursos disponibilizados, a frequência da classe virtual, dos chats e fóruns de discussão, para os quais é indispensável implementar critérios de avaliação, mas igualmente a componente qualitativa, a fim de apreciar a qualidade e a adequação dessa participação.

Alex Primo, em Avaliação em Processos de Educação Problematizadora Online, conclui o seu artigo afirmando:

“A avaliação deve ser contínua, levando em conta todas as atividades desenvolvidas na rede. Todos os trabalhos escritos (…) devem ser acompanhados e avaliados pelo educador. (…) O próprio curso ganha com esse tipo de avaliação, pois quanto maior for a participação e contribuição dos educandos nas discussões e nos projetos alheios, mais eles enriquecem o processo educacional do grupo.” (Primo, 2006: 17)

Os últimos anos têm sido testemunhas de significativas alterações no EaD, fruto das mudanças introduzidas pela perspectiva construtivista da aprendizagem e pelas mais recentes tecnologias ao seu dispor. Estas alterações têm, consequentemente, um forte impacto na avaliação, para a qual se torna imperioso abandonar os métodos tradicionais e encarar novas formas e metodologias, sendo, assim, necessário adoptar procedimentos avaliativos de acordo com os novos paradigmas.
FIM

Bibliografia:

• BARBERÀ, E. (2006) “Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación”. RED. Revista de Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI. http://www.um.es/ead/red/M6/
• Gomes M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9420/1/Challenges-09-mjgomes.pdf
• PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In: Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola, v., p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf
• AMANTE, Lúcia (2009). "A Avaliação das Aprendizagens em Contexto Online: O E-portefólio como Instrumento Alternativo ". Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.


4) Apresentação do trabalho realizado ao Grupo turma no Fórum da Actividade 3

O nosso trabalho foi disponibilizado em versão PDF.

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(Esta parte - considerações finais - foi elaborada no dia 10.02.2011)


Eis o meu momento de considerações finais...

...relativamente ao trabalho com o colega...



Trabalhar com o Fernando não foi uma novidade para mim. Gosto de trabalhar com este colega e efectivamente “-se” trabalho(!).


Como já vem sendo hábito trabalho fluiu muito bem e de modo espontâneo. A partilha foi muito positiva e o artigo foi elaborado de modo colaborativo. A versão final foi surgindo de modo muito natural e, acho que posso falar pelo colega Fernando, estamos contentes com o resultado final e com o modo como elaborámos a orgânica da nossa actividade!

...relativamente aos textos abordados...


Os temas centrais dos textos analisados debruçavam-se sobre Avaliação em e-Learning e as “guidelines” pelas quais esta se orienta.

Quem?, O quê? e Como?

São numa fase primordial as questões (“básicas”) que nos vêm à cabeça quando pensamos em avaliação…, as outras debruçam-se com as constantes mudanças sociais e mundiais e o reflexo que estas provocam na nossa vivência. A avaliação já não se processa do mesmo modo que há dez anos atrás … há alterações…compete ao sujeito que avalia debruçar-se sobre estas e procurar criar, desenvolver e aplicar metodologias de avaliação actuais, rigorosas e adequadas ao sistema/metodologia de ensino/temáticas a avaliar. Tal processo não é fácil e é fruto de muito empenho e de contínuas reflexões.


Os textos propostos abordam estas questões e são um retrato fiel de toda esta problemática! Enfim…recomendo a sua leitura. Vivamente!

Um abraço,
Marina

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(Esta parte foi elaborada no dia 10.02.2011)

2ª Fase:

5) Participar num Debate sobre os trabalhos apresentados. Este debate terá lugar no forúm durante os dias 23 e 30 de Dezembro.

E eis que chega a fase do debate. Confesso que tenho vindo a "tentar disciplinar-me" cada vez mais nesta área. A temática é muito pertinente, deveras interessante e, além disso, a partilha de ideias com os colegas altamente proveitosa...Irei guardar para o final as minhas conclusões!

E eis as minhas participações neste debate que considero desde já muito produtivo e rico...

1ª Questão: "Avaliar quantidade?!"

No dia 27 de Dezembro de 2010, face a um post do colega APedrU relativamente a “Avaliar quantidade?” Escrevi o seguinte:

Olá António e colegas…
Bem, confesso que a tua questão me fez começar a teclar de imediato(!)…
Quem interage em primeiro lugar, ganha vantagem sobre os demais, de certa forma é como se de uma corrida de velocidade se tratasse. Quem arrebatar os melhores termos impede os alunos seguintes de participar.
Na minha modesta opinião e experiência de vida… quem interage em primeiro lugar, não significa que ganha vantagem sobre os demais! O trabalho de que cada um faz deve ser avaliado dentro dos parâmetros/objectivos delineados pela actividade especificamente, isto é…podemos estar perante um aluno que tem iniciativa, mas que falha no conteúdo o que para mim é efectivamente um desvalorizar do trabalho apresentado. Porém, podemos também ter um aluno que tem iniciativa e que cumpre os objectivos delineados, no entanto falha na entrega, e…este elemento para mim também significa desvalorização, visto que há outros colegas que, eventualmente se encontram na mesma situação, mas que entregaram dentro do prazo. Caso não seja apresentado um motivo válido…a penalização deve ser mantida. Existe ainda o aluno que cumpre todos os objectivos, mas que entrega o seu trabalho perto ou em cima da data limite…para mim, esta situação é perfeitamente aceitável, pois se estabeleci prazos, estes servem para ser cumpridos! Portanto, tudo depende do que estabeleço e proponho para a actividade… E atenção: Quantidade não é sinónimo de qualidade! (Pelo menos é o que penso, e acho, sinceramente, que não sou a única a pensar deste modo! )
Penso que não se trata de quem chega em primeiro lugar, mas sim de quem cumpre tudo o que é estabelecido e proposto para a actividade…pois, para correr já bem basta a loucura do dia-a-dia! É certo que a noção de competitividade está bem presente e viva em tudo o que fazemos, porém cabe a nós saber estabelecê-la e saber viver com ela de forma saudável e mentalmente sã.
“Deveremos sobre-avaliar quem participa mais, tirando o brilho aos outros?”
Quanto a esta questão…caro colega…
Os alunos são todos diferentes e por muitas comparações que façamos temos que estabelecer um equilíbrio. É um facto que tenho alunos cuja voz sobressai em relação aos outros, mas também há aqueles que mostram que sabem, mas ou sentem vergonha/timidez em demonstrar que sabem, e para estes crio estratégias…, por exemplo, chamo cada aluno de um modo (aparentemente) aleatório, mas certificando-me sempre que me dirijo a todos isoladamente – e isto faz-se muito facilmente em termos presencias aquando da correcção do trabalho de casa. Enfim…dia-a-dia, mediante as turmas que tenho, vou (re)criando os meus estratagemas e vou procedendo à avaliação deles tentando sempre obter um brilho colectivo! É certo que também coloco perguntas no ar à espera de respostas…mas estas regra geral são tipo um “ice-breaking” para o que se segue! Inibidos (?) é coisa que ao fim de algum tempo eles deixam de sentir e a par e passo todos começam a contribuir! Pelo menos falo por mim e pelo que vejo…
Em termos de avaliação online…bem, isso já é outra coisa, e muito quero eu aprender, pois a vontade de querer saber e aferir sobre tudo o que engloba o acto de avaliar online é tremendo, bem como a curiosidade! No entanto, concordo quando dizes:
“Em resposta ao número de respostas colocadas no fórum se quer as duas quer as cinco têm qualidade eu avaliaria as duas participações do mesmo modo, mas sei que pouco ou nada sei sobre avaliação em contexto online.”
Contudo, iria também, tal como o sugeres, orientar-me sempre pelos parâmetros estabelecidos e descritos no Contrato de Aprendizagem, pois é lá que estão sempre, de modo bem explícito e claro, as linhas orientadoras da unidade curricular e cabe ao “estudante online ideal” segui-las enriquecendo assim o seu percurso/desempenho educativo!
Quanto à tua questão sobre a participação dos alunos num glossário ou nos fóruns, pois penso que também podemos abordá-la nesse sentido, visto que um colega que chega atrasado a uma discussão também se pode sentir desse modo, vou deixá-la ainda no ar. Irei meditar sobre ela…e tentar desafiar algum colega a juntar-se a nós…o que achas?!
“Deste modo como podemos avaliar, num glossário, a participação dos primeiros alunos "beneficiados" relativamente aos últimos?”
Um abraço,
Marina


Relativamente a esta questão, tomemos em conta o post do colega Joaquim Pinto, no dia 29 de Dezembro:


Olá colegas.
Esta questão da avaliação dos alunos que iniciam as suas contribuições nas discussões ou nos trabalhos mais cedo ou mais tarde, é muito interessante e pertinente, pois isto estará sempre a acontecer nestes ambientes de ensino on-line.
Barberà aborda no seu artigo que existia um problema na avaliação para aqueles alunos que não pretendiam fazer trabalhos conjuntos, ou seja, pretendiam o trabalho individual. Que fazemos a estes alunos? Damo-lhes uma alternativa de aprendizagem? Criamos dois processos de aprendizagem para o mesmo fim?

A discussão on-line, se for transplantada para uma discussão presencial, nem todos os alunos participam. Mas esses alunos que não participam na discussão, podem superar todos os outros dando provas individuais escritas ou práticas (testes/exames) e alcançar mais sucesso na sua aprendizagem.

Talvez no meio disto tudo, seja necessário misturar tantos os métodos tradicionais referidos por Primo e Barberà como as novas ferramentas processuais aplicadas actualmente, de modo, a tentar realizar uma avaliação justa e correcta.
Joaquim pinto


Ao qual respondi no dia 30 de Dezembro:


Olá Joaquim!
Em termos de avaliação, penso que não devemos seguir uma proposta em concreto. Acho que o ideal é criar a nossa proposta. No entanto, ao criarmos a nossa forma de avaliar e os nossos critérios para o fazer, não devemos fazê-lo de modo aleatório, penso que é importanto sondar primeiro e aferir como se faz. Quando referes:
"Talvez no meio disto tudo, seja necessário misturar tantos os métodos tradicionais referidos por Primo e Barberà como as novas ferramentas processuais aplicadas actualmente, de modo, a tentar realizar uma avaliação justa e correcta."
Acho que caminhas para o melhor trilho. Tenho aprendido muito ao observar os outros ... a observação e a experiência dos outros complementa-me e enriquece-me(!). O que é dito tanto por Primo como por Barberà é muito relevante e acho que o ideal é alcançar um equilibrio entre os dois para que o processo avaliativo possa decorrer de modo rigoroso, consciente, coerente e, sem que, futuramente hajam margens para dúvidas. É necessário proceder a um estudo prévio e teórico da condução antes de colocar as mãos no volante! Aliás isso é mesmo imperioso!
No entanto, relativamente a tanto em avaliação online como em presencial acho que se deve ter sempre em conta a junção de várias ideias/teorias a fim de clarificar e objectivar o processo da avaliação. Penso mesmo que se houve alguém que pensou sobre ou escreveu sobre algo, que neste caso é em concreto "Avaliar? Como, o quê e quando?", devemos debruçar-nos sobre este assunto e enriquecer os nossos horizontes com novas perspectivas de modo a nos completarmos enquanto eternos aprendizes educativos(!)...
Um abraço,

Marina


À qual a colega Telma, também no dia 30 de Dezembro, acrescentou:


Olá Marina e Colegas,
eu penso que além de criarmos a nossa proposta de avaliação e implementá-la, devemos colocar à partida a hipótese de a mesma ser alterada e modificada, contribuindo para uma efectiva flexibilidade avaliativa e "uma avaliação justa e correcta."(Joaquim)
Até já,
Telma


A minha resposta à colega Telma foi:


Olá Telma,
Não sei se me expliquei bem...
O que quis referir é que ao criarmos a nossa proposta de avaliação esta nunca deve ser fixa, muito pelo contrário, deve se moldável adaptável, e mesmo, flexivel às realidades e necessidades do momento para que o processo avaliativo possa decorrer de modo (como o Joaquim bem refere) justo e correcto.
Acho mesmo que é importante quando pensarmos em avaliação termos em linha de conta os principios da flexibilidade e da adaptabilidade pois os contextos educativos alteram-se e a educação tem como destino seres vivos. E, como consequência, a educação (se me fôr permitido dizer), respira, vibra...enfim...vive e, como tal, sofre mudanças e passa por fases diversas...Tem o seu processo de vida em termos globais!...E...nós temos de a acompanhar tal como ela nos acompanha nas nossas vivências e experiências!...
Talvez possa fazer uma ligeira alteração a uns versos sobejamente conhecidos:
Sempre que um Homem aprende, o mundo pula e avança, como bola colorida nas mãos de uma criança.


(Texto original:


(...) sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança (...)


António Gedeão)


Um abraço...
Marina


No mesmo dia, face a esta minha intervenção o colega APedro referia o seguinte:


Olá,

em resposta ao tema iniciado pelo Joaquim sobre uma avaliação justa e correcta quando sentimos necessidade de criar dois processos de avaliação para o mesmo fim:

Os processos de avaliação podem sempre suscitar dúvidas, principalmente quando se pretende entrar em comparações entre trabalhos e quando o fazemos de acordo com a nossa interpretação da qualidade do trabalho desenvolvido que nem sempre é a mesma de quem realizou o trabalho e de quem o avaliou (a subjectividade está sempre presente).

concordo com a Marina quando afirma: Avaliar? Como, o quê e quando?", devemos debruçar-nos sobre este assunto e enriquecer os nossos horizontes com novas perspectivas de modo a nos completarmos enquanto eternos aprendizes educativos

O conhecimento de várias casos e das diferentes soluções encontradas para a avaliação, pode-nos ajudar a encontrar uma que nos pareça mais justa quando sentirmos necessidade dela. Esta base de dados pode ser aumentada se necessário, pois não estamos sós. Podemos trabalhar em rede. Os alunos do MPeL (e não só, estão por lá outros entusiastas do elearning) estão quase todos no facebook e facilmente podemos criar um fórum de discussão.

Até já
APedro

Na sequencia de duas respostas aos colegas Ana Marmeleira e Joaquim Pinto, no dia 30 de Dezembro respondi da seguinte forma:


Caros colegas,
No ensino online, os LMSs enriquecem o processo da aprendizagem e facultam os intervenientes uma visão mais pormenorizada de todos as acções, permitindo aferir de modo mais concreto os registos e contribuições que tanto os alunos como os professores vão dando no decorrer das unidades curriculares. Eles são mesmo a ponte essencial que permite ao professor alcançar objectivamente dados sobre os alunos, contribuindo para a criação de uma noção de presença social de cada um e possibilitando uma identidade mais objectiva e concreta, e tal como refere Maria João Gomes:
“Importa ter presente que, do mesmo modo que os LMSs efectuam diversos tipos de registos de actividades dos estudantes, também fazem o mesmo relativamente às actividades dos professores (e tutores) do curso. (…) a consulta destes registos pode ser um elemento de auto e hetero – avaliação do envolvimento e desempenho do professor na dinamização e acompanhamento do curso.” (Gomes; 2006: 10)
Quanto a mim eles são o primeiro visionamento de um esboço de aprendizagem colaborativa, pois através destas intervenções iniciais dos colegas, vai-se construindo uma"manta em patchwork", que se completa e se complementa à medida que o trabalho vai assumindo contornos de mais partilha, entre-ajuda, intervenção e de trabalho conjunto e/ou colaborativo, e esta é uma perspectiva de Primo no seu texto:
“Logo, além de motivar-se as discussões e debates na educação a distância, a produção de trabalhos coletivos ganha também enorme valor na construção cooperada do saber. (…) Com isso, o grupo torna-se também responsável por sucessivas ultrapassagens e reconstruções cognitivas.” (Primo; 2006: 17)

“A avaliação deve ser contínua, levando em conta todas as atividades desenvolvidas na rede. Todos os trabalhos escritos (…) devem ser acompanhados e avaliados pelo educador. (…) O próprio curso ganha com esse tipo de avaliação, pois quanto maior for a participação e contribuição dos educandos nas discussões e nos projetos alheios, mais eles enriquecem o processo educacional do grupo.” (Primo; 2006:17)
Efectivamente, partilho esta ideia...tudo conta..."grão a grão enche a galinha o papo" - sempre ouvi dizer - e em termos de concepção de avaliação acho e defendo mesmo que o principio deve manter-se!
Para que a avaliação seja "saudável" e caminhe por um trilho certo, penso que todos os elementos do percurso do estudante deve ser tidos em consideração, seja ele um estudante online ou presencial...tudo é relevante, tudo é particular e tudo é espelho de aprendizagem/aquisição de conhecimentos, Maria João Gomes refere mesmo:
“A avaliação pode ter diversas funções, normalmente designadas de diagnóstica, formativa e sumativa, sendo que, em termos muito simplistas, à avaliação diagnóstica cabe a responsabilidade de permitir identificar o nível do aluno relativamente aos conhecimentos a adquirir e às competências a desenvolver no curso, à avaliação formativa compete facultar ao aluno e ao professor um feedback relativamente ao desenvolvimento das aprendizagens permitindo introduzir reajustes que se revelem necessários e sobre a avaliação sumativa recai normalmente a necessidade de facilitar a atribuição de uma “classificação” ao aluno.” (Gomes; 2006: 17)


Bibliografia:
• GOMES M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9420/1/Challenges-09-mjgomes.pdf
• PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In: Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola, v., p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf


Votos de excelentes reflexões...
Bjs,
Marina


A esta resposta tive um feedback bastante peculiar por parte do colega APedro…


Olá Marina,
concordo com o que escreveste. Questiono a necessidade de teres incluído a bibliografia numa participação no fórum atendendo que todos nós lemos e relemos os textos a que referes.

Fico com a ideia que estás a escrever uma mensagem para colocar no e-portefólio. Se for esse o caso, não deveria a mensagem ficar apenas pelo próprio e-portefólio?

(depois de ter lido o tua mensagem, surgiram-me dúvidas que estou a tentar esclarecer numa mensagem que coloquei mais abaixo: como participar)

Até já
APedro


E aqui fica a minha resposta este colega...

Efectivamente, fiquei a pensar com esta intervenção…pensei…pensei… e enfim! Dado o tardio da hora, claro está que a bibliografia podia ser omitida. Além disso, estes textos foram analisados e sujeitos à nossa interpretação e aqui está a minha resposta datada ainda do dia 30 que não resisto a publicar!


Confesso que andava à procura deste teu post para te responder...
Relativamente à observação muito bem feita que fizeste ao meu post:
Tens razão com o que dizes:
"Questiono a necessidade de teres incluído a bibliografia numa participação no fórum atendendo que todos nós lemos e relemos os textos a que referes."
É que a partir de uma determinada hora e depois de finalmente ter o Dinis a dormir, tarefa esta que comporta inúmera tentativas frustradas (o traquinas já tem a malandrice toda estudada! ) o rendimento já não é o que era! Claro está que não era necessário ter colocado a Bibliografia...é uma força de hábito! Porém quando referes:
"Fico com a ideia que estás a escrever uma mensagem para colocar no e-portefólio. Se for esse o caso, não deveria a mensagem ficar apenas pelo próprio e-portefólio?"

Acho que devo dizer-te que estou a compilar todas as minhas intervenções, questões de colegas e as minhas respostas num documento ao qual retorno e complemento sempre que encontro este ou aquele elemento!
Agora considerando o que escreves aqui:
"Acontece que não sei como elaborar uma mensagem para colocar nos nossos fóruns de mestrado e não sei elaborar um e-portefólio (embora já o tenha feito)."

Meu caro e excelentissímo colega...nada temais, estou certa que depressa far-se-à luz sobre o desconhecido! E não pensais que estais só, muito pelo contrário...há muitos que vos acompanham...e eu sou apenas um deles!
Mas de uma coisa estou consciente, tal como tu também o estás...Sabes mais agora sobre e-portefólios do que antes e esse conhecimento tem vindo a ser objecto contínuo aprendizagem, sendo que, por si só já é um elemento muito pertinente e significativo para colocares num e-portefólio sobre a concepção de e-portefólios! ( )
Estou certa de que o que aprendemos quando elaborámos o nosso e-portefólio para o Professor António -Quintas em Comunicação Educacional, agora pode ser enriquecido, porém considero que a contribuição que a Professora Lúcia nos tem vindo a "incutir" (espero ser este o termo certo para o que pretendo!), seja também um forte contributo para a concepção desta tipologia de recurso de aprendizagem!
E, dito isto, junto a minha voz à tua e à da Maria João para que em unissóno as questões por vós apresentadas ecoem mais fortemente:
"como elaboramos o nosso portefólio? Existe uma norma que todos devemos seguir, ou trabalhamos cada um por si de acordo com o que pesquisamos sobre o assunto?"

Este debate foi electrizante e viciante, confesso-me colada à cadeira e ao pc...
Bjs e votos de um magnifico e concretizante 2011!
Marina


E, termino com o último post que dirigi a este colega quando ele num post anterior refere:

“Tenho por vezes um comportamento terrível, quando estou confuso, em vez de falar para os botões, coloco questões contrárias à ideia com que me identifico mais para tentar entender outro ponto de vista (desculpa Marina).

Concordo com o que dizes sobre o feedback, poderíamos estar a colocar comentários nos portefólios dos colegas (infelizmente o meu está a precisar de adquirir forma).”

Olá APedrU!
Desculpas mais do que aceites!
Efectivamente é um facto incontornável o que referes, segundo as palavras de Primo: “para saber como se avalia temos de saber como se aprende”, pois penso que só através da própria experiência e de momentos reflexivos, criticos e autonómos é que conseguimos começar a construir o nosso caminho! Para tal, muita partilha, interacção e muito trabalho colaborativo deve existir...a troca de ideias contribui e muito para a formação de todos nós...aliás considero-a tão relevante como o trabalho autónomo, individual!
Bjs,
Marina

2ª Questão: "Diversificação de instrumentos de Avaliação."



Considerando a questão sobre “Diversificação de instrumentos de avaliação”, no dia 28 de Dezembro a colega Margarida refere o seguinte:


Olá a todos os colegas
Vou pegar nas palavras da Paula e escolher o que quero discutir (não sei se repararam mas mudei o nome da minha resposta – diversificar instrumentos de avaliação).
Não é só pela participação em fóruns que conseguimos avaliar um aluno, pois há muitas competências que ficam de fora. Há pouco a Marina referia que há alunos que são mais tímidos e que se inibem mais de participar activamente numa discussão, mas podem ter uma excelente capacidade de organização e ser óptimos a dinamizar um trabalho de grupo com poucos elementos, ou ser capaz de reflectir sobre o processo, etc. Por isso, incluir instrumentos como os registos automáticos gerados pelos LMS; a elaboração de artigos; os fóruns electrónicos; a conversação síncrona; os portefólios digitais; os mapas conceptuais, entre outros, pode permitir uma visão mais completa do aluno e garantir uma avaliação mais justa.
Mas aqui tenho de concordar com a Maria João, o trabalho do professor fica bem acrescido, não acham?
Um abraço,
Margarida


À qual respondo no dia 30 do referido mês


Olá Margarida,
Pegando na tua questão...e lamento desde já...coloco-te outra (sei no entanto que não é muito correcto responder a uma questão com outra! ):
É ou não tarefa do professor procurar o equilibrio e ser justo face aos seus alunos?! E, refiro-me a tudo...
Por isso é que a nossa profissão não tem fim...vai-se complementando ora aqui, ora ali...mas a insatisfação e a necessidade de saber mais ou de fazer melhor é uma realidade incontornável! Faz parte do muro da insatisfações dos professores!!!
Bjs,
Marina


Entretanto no dia 28 a colega Ana tinha colocado o seguinte:

Olá
Temos discutido bastante sobre quantidade e qualidade, mas há um outro aspecto que foi referido inicialmente e que gostaria de retomar: a valorização do processo ou do produto final.
Perguntava a Cecília se estes dois aspectos se excluíam mutuamente. Pois eu acho que não. Um conduz ao outro. Como lemos nos textos que analisámos e noutra bibliografia afim, o processo é extremamente importante, pois é ele que vai permitir o desenvolvimento de competências. Ter chegado ao fim de um curso como o nosso tendo conseguido realizar todos os trabalhos pedidos, mas não tendo sido capaz de trabalhar em equipa, de promover um espaço social positivo, de discutir ideias, de reflectir sobre as aprendizagens, de colaborar, etc., não é sinónimo de ter atingido os objectivos pretendidos nem de ter desenvolvido as competências necessárias para promover um curso online. O que se pretende é que nós conseguíssemos ver na prática o que é trabalhar em regime de elearning, estudando como alunos e verificando na prática como a teoria funciona no nosso caso. Daí a Maria João ter iniciado e muito bem a nossa discussão com a expressão Teoria versus Prática.
Por exemplo, pensemos em quando preparámos o Congresso Virtual. Daqui a algum tempo, alguém se lembrará do artigo que apresentou e do nome do seu autor? Mas alguém esquecerá o que foi preciso fazer: as reuniões de preparação, a divisão de tarefas, a colaboração entre todos, os ensaios, etc. ? Termos sido capazes de organizar em grupo todo o processo revelou que aprendemos o que era preciso e que estaríamos aptos a repetir a experiência com outro assunto qualquer. Aqui não tenho dúvida que o processo tem de ser valorizado. É claro que se tivéssemos chegado ao Congresso e apresentado uma síntese medíocre do texto em causa não poderíamos ter deixado de ser penalizados pela fraca qualidade do produto final, pois era sinal que também não tínhamos compreendido o assunto em discussão. Mas se o produto falhou, é porque alguma coisa no processo falhou (nem que seja a revisão do texto por todos os elementos do grupo, por exemplo).
Resumindo, a avaliação mais adequada tem de incluir as duas coisas, atribuindo uma classificação ao processo e uma classificação ao produto.
Agora, qual deles terá um peso mais alto na classificação final? Espero que os meus colegas me ajudem a chegar lá...
[] Ana Marmeleira


E a minha resposta foi:


Olá Ana!
Sem dúvida...o factor do como é que chegamos ao nosso destino é fulcral para podermos aferir de modo construtivo o nosso ponto de chegada, na verdad eles estão interligados e dependem um do outro para a criação de sucesso em termos de aprendizagens! A ideia de processo e de construção implica essa mesma noção, tanto em termos quantitativos como qualitativos, sendo estes do critério de quem avalia...Mas, atenção, também terão de ser considerados os critérios estabelecidos para as actividades! Estes servirão sempre de ponto de referência!
A minha experiência desde que iniciei este curso tem vindo a ser diáriamente complementada e enriquecida...faço coisas que nunca imaginei ser capaz de fazer...estou continuamente a testar os meus limites, e acredito que todos nós o estamos a fazer também...o caminho que escolhemos o processo que selecionamos para o fazer será um parte de elevada importância quando formos sujeitos à avaliação...será seguramente um valorizar do nosso percurso/processo ou do nosso produto final! Face a esta perspectiva, só posso concluir com o que referes pois partilho o teu ponto de vista!
Resumindo, a avaliação mais adequada tem de incluir as duas coisas, atribuindo uma classificação ao processo e uma classificação ao produto.
Quanto à outra questão...
Agora, qual deles terá um peso mais alto na classificação final?
Bem, isso já é outra matéria! E, teremos que aguardar por ela!...
Um abraço,
Marina




3ª Questão: "Critérios de Avaliação de e-Portefolios".



Relacionado com a questão dos “Critérios de avaliação de e-Portefólios”, no dia 28 de Dezembro de 2010, passo a transcrever a minha resposta à colega Maria João…

Olá Maria João,
Na sequência do que escreveste:
"O que eu penso ser interessante no e-portfolio é uma avaliação e classificação num determinado momento, mas essa avaliação deve fluir na alteração do e-portfolio no momento seguinte. Aliás, essa uma das grandes vantagens dos portfolios serem digitais, podem ser reorganizados de formas diferentes para ser apresentados em contextos diversificados ou seguindo objetivos muito diferentes."
Não podia estar mais de acordo...quanto a mim um e-portefólio deve ser um diário/relato vivo das experiências/aprendizagens e a sua avaliação deve caminhar nesse sentido, sempre tendo em conta uma perspectiva de continuidade e de construtivismo de conhecimentos. Considero que o acto de avaliar, além de envolver uma complexidade tremenda, deve prender-se sempre com objectividade, rigor, pertinência das respostas face às temáticas abordadas e também uma perspectiva de conhecimento progressivo, visto que estes elementos formam as bengalas que auxiliam o(a) executor(a) do processo avaliativo, guiando-o de modo consciente e coerente. Claro está que não é uma tarefa fácil...há que ter "olhos de lince ou de águia" como preferirem...mas por esse mesmo motivo é que o trabalho do professor é imparável e está sempre em renovação/reconstrução...é imperativo estar vivo e activo e que executa a avaliação tem forçosamente que fazer reciclagem e estar preparado para saber lidar com tanto as novas tecnologias, como também os novos formatos de avaliação e novas possibilidade de enquadramento avaliativo.
No caso dos e-portefólios digitais...a questão construtiva parece-me mais perceptível pois vai-se construindo e alterando...o que não deixa de ser uma desvantagem, pois pode-se deixar de ter acesso às primeiras visões e estas parecem-me muito ricas...os primeiros contactos enriquecem e muito todo o percurso! O que sugiro é em vez de alterar...ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho!
Um abraço e votos de reflexões produtivas,
Marina

No seguimento desta resposta, no dia 30 de Dezembro, o feedback da colega Maria João foi o seguinte:

Olá Colegas, :-)

Marina, pelo que entendo do conceito de e-Portefólios, estes apresentam sempre várias camadas e eu quero somente salientar que uma coisa é, por exemplo, uma apresentação que se fez sobre um determinado tema (esse será um produto que não irei, em geral, alterar posteriormente), e outra é a seleção, ou não, dessa apresentação, e a reflexão que faço sobre ela.

Vou tentar exemplificar. Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu e-Portefólio e reflectir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu e-Portefólio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram. Ou seja, o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação.

Chegando ao tema avaliação: é isso que me fascina no conceito dos e-Portefólios, eles permitem ao professor fazer uma avaliação do produto, mas também de todo o processo de construção deste, de todo o background do aluno, se levarmos ao extremo. E, nos dias atuais, podemos ter realmente 1001 produtos (apresentações, gráficos, imagens, vídeos, cartoons, ...) na internet, precisamos somente de ter um ponto (no nosso caso, o Blog do mestrado) para agregarmos os produtos que pensamos ser importantes para esta UC.

[]s MJoão


E, também no dia 30 de Dezembro, a minha resposta a esta intervenção foi…

Olá Maria João!
Entendo perfeitamente o que queres dizer quando referes:
"(...)o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação."
E o que pretendia dizer quando referi:
"(...) a questão construtiva parece-me mais perceptível pois vai-se construindo e alterando...o qe não deixa de ser uma desvantagem, pois pode-se deixar de ter acesso às primeiras visões e estas parecem-me muito ricas...os primeiros contactos enriquecem e muito todo o percurso! O que sugiro é em vez de alterar...ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho!"
É que as primeiras experiências nunca devem ser sujeitas a "delete" mas sim complementadas e enriquecidas por outras. Permitam-me a analepse...quando era pequena tive um brinquedo que não sei se conhecem...chamava-se um caleidoscópio e à medida que ia mudando a imagem, os elementos que formavam a primeira, mudavam de posição e surgia outra imagem. Os elementos que formavam a primeira imagem eram alterados para a outra que era mais elaborada e mais rica, mas a base era sempre a mesma...recordo-me de passar horas a brincar com ele e ficava fascinada com as imagens que se sucediam uma mais complexa e mais rica do que a anterior. Fiz referência a este momento da minha infância porque considero que:
Quando referi "ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho" estava a ir ao encontro do que dizes. Isto é, usando as tuas palavras (espero que me permitas !):
"Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu ePortfolio e refletir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu ePortfolio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram."
O facto de eu poder complementar o meu trilho com as minhas experiências e perspectivas reflexivas, fazendo recurso delas e complementando-as com a actualidade, por si só já é um singificativo contributo e elemento "a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação".
Bjs,
Marina


Entretanto, surge a colega Helena que coloca o seguinte post:

Olá Joaquim e Maria João,
Pelo que já li de portfólios e os que já tive de ajudar a organizar, fiquei com a ideia de que o portfólio reflexivo de aprendizagem, mais conhecido por PRA é o resultado do trabalho de reflexão sobre a aprendizagem e também ele próprio um momento de aprendizagem - uma auto consciencialização do que foi feito e da forma como foi feito. Este é o exemplo mais familiar e prático que conheço. Com base nesta experiência, cheguei à conclusão que todos os portfólios, mesmo que estruturados com base em algumas linhas orientadoras e sabendo os alunos dos aspectos mais relevantes a serem avaliadas, são sempre produtos únicos e originais e muitas vezes surpreendentes.
Avaliar portfolios também não é tarefa fácil, nem linear. É preciso um grande esforço de entendimento e de objectividade. Por exemplo, os parâmetros que o Joaquim apresenta, são aparentemente bastante explícitos e objectivos. Agora experimentem aplicá-los na prática, juntando um júri de três avaliadores por exemplo. Por vezes, as discrepâncias são bastante óbvias, mesmo tendo um referencial por medida. È um exercício interessante. Um quebra-cabeças
helena


Ao qual eu entusiasticamente respondo:

Olá Helena,
Gostei muito de ler a tua resposta e tendo em conta o que escreves sobre os e-portefólios:
"(...)cheguei à conclusão que todos os portfolios, mesmo que estruturados com base em algumas linhas orientadoras e sabendo os alunos dos aspectos mais relevantes a serem avaliadas, são sempre produtos únicos e originais e muitas vezes surpreendentes. "
Não podia estar mais de acordo. Efectivamente para mim um e-portefólio é um "retrato fresco" de uma experiência ou de várias com um elevado teor reflexivo num determinado contexto e, considerando esta questão daí a singularidade, a originalidade e a exclusividade. Cada um de nós é caracterizado com um ser social, pensante, autónomo e crítico e, como tal, as escolhas que fazemos e o que decidimos é motivado pela nossa forma de agir e de pensar quer em termos individuais ou sociais, sendo tudo isto reflectido no trabalho que desenvolvemos...o e-portefólio espelha isso também pois ao relatarmos as nossas perspectivas/experiências estamos perante um quadro com pinceladas únicas e originais, visto que o caminho pode ser igual para todos mas a forma de sentir, de falar sobre e de viver essa é inigualável!
Quando nos apercebemos do estado em que iniciamos um determinado trilho, o percorremos e o concluimos, reflexivamente sofremos um tomada de auto-consciência que uma vez relatada particulariza cada um de nós enriquecendo-nos e complementando-nos.
"(...)os portfolios, mesmo que estruturados com base em algumas linhas orientadoras e sabendo os alunos dos aspectos mais relevantes a serem avaliadas, são sempre produtos únicos e originais e muitas vezes surpreendentes. "
Quanto à avaliação destes, claro está, também partilho a tua perspectiva quando mencionas que "não é tarefa fácil", porém uma coisa deve ser sempre consistente...estes aquando da sua elaboração, devem sempre convergir para os critérios estabelecidos pelo professor quando a tarefa foi designada...é imperativo que assim seja! (Pelo menos este é o meu ponto de vista! ) Caso contrário, teriamos um conjunto de trabalhos reflexivos cujos conteúdos seriam dispares e a avaliação teria igualmente de ser adequada a acada um deles, o que se traduziria numa tarefa ainda mais penosa!
Ainda relacionado com a questão dos critérios, pois acho que este assunto é fulcral...penso que estes devem ser claros, objectivos, transparentes e iguais para todos para que todos os intervenientes não tenham dúvidas quanto à avaliação qualitativa e quantitativa do seu trabalho reflexivo.
Um abraço,
Marina

Este tema é extremamente interessante e “aberto” em termos de discussão…uma discussão "ultra-dinâmica"! Ora vejamos o que a Maria João me responde! (Confesso que adorei trocar ideias com ela!:-))

Olá Colegas, :-)

Marina, pelo que entendo do conceito de e-Portfolios, estes apresentam sempre várias camadas e eu quero somente salientar que uma coisa é, por exemplo, uma apresentação que se fez sobre um determinado tema (esse será um produto que não irei, em geral, alterar posteriormente), e outra é a seleção, ou não, dessa apresentação, e a reflexão que faço sobre ela.

Vou tentar exemplificar. Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu ePortfolio e reflitir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu ePortfolio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram. Ou seja, o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação.

Chegando ao tema avaliação: é isso que me fascina no conceito dos ePorfolios, eles permitem ao professor fazer uma avaliação do produto, mas também de todo o processo de construção deste, de todo o background do aluno, se levarmos ao extremo. E, nos dias atuais, podemos ter realmente 1001 produtos (apresentações, gráficos, imagens, vídeos, cartoons, ...) na internet, precisamos somente de ter um ponto (no nosso caso, o Blog do mestrado) para agregarmos os produtos que pensamos ser importantes para esta UC.

[]s MJoão

A colega Telma juntou-se a nós…

Olá Maria João, Marina e Colegas,
li atentamente a mensagem da colega Marina e concordo com tudo o que referiu. Um e-professor deve à partida estar disponível para as várias mudanças de práticas avaliativas. Na minha opinião, as boas práticas devem sempre ser mantidas, quanto às menos boas devem ser alteradas, adaptadas e inovadoras tendo em conta o tipo de cursos ministrados e o perfil dos alunos que os frequenta. Regras rígidas devem ser evitadas. A liberdade que é facultada ao aluno para participar em todo o processo contribui em larga escala para a melhoria da qualidade deste tipo de cursos. Relativamente aos e-portfólios devem ser o espelho de todas as aprendizagens realizadas pelo aluno e são um excelente repositório de conhecimentos e conteúdos. Quanto à sua avaliação, são necessários critérios bem definidos que irão contribuir para a qualidade e riqueza dos conteúdos lá abordados.
Boas reflexões.
Telma


Eis a minha participação final sobre este tema:


Olá Maria João!
Entendo perfeitamente o que queres dizer quando referes:
"(...)o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação."

E o que pretendia dizer quando referi:


"(...) a questão construtiva parece-me mais perceptível pois vai-se construindo e alterando...o qe não deixa de ser uma desvantagem, pois pode-se deixar de ter acesso às primeiras visões e estas parecem-me muito ricas...os primeiros contactos enriquecem e muito todo o percurso! O que sugiro é em vez de alterar...ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho!"
É que as primeiras experiências nunca devem ser sujeitas a "delete" mas sim complementadas e enriquecidas por outras. Permitam-me a analepse...quando era pequena tive um brinquedo que não sei se conhecem...chamava-se um caleidoscópio e à medida que ia mudando a imagem, os elementos que formavam a primeira, mudavam de posição e surgia outra imagem. Os elementos que formavam a primeira imagem eram alterados para a outra que era mais elaborada e mais rica, mas a base era sempre a mesma...recordo-me de passar horas a brincar com ele e ficava fascinada com as imagens que se sucediam uma mais complexa e mais rica do que a anterior. Fiz referência a este momento da minha infância porque considero que:
Quando referi "ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho" estava a ir ao encontro do que dizes. Isto é, usando as tuas palavras (espero que me permitas !):
"Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu ePortfolio e refletir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu ePortfolio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram."
O facto de eu poder complementar o meu trilho com as minhas experiências e perspectivas reflexivas, fazendo recurso delas e complementando-as com a actualidade, por si só já é um singificativo contributo e elemento "a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação".
Bjs,
Marina

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As minhas impressões finais…

O debate desta 3ª Actividade foi extremamente intenso (à semelhança dos anteriores… não sei se é por o tema da avaliação e de tudo o que a envolve me fascinar muito enquanto professora, formadora e educadora. Entre as questões, das quais destaco as três que referi, que orientaram o nosso debate e nas quais participei foram quanto a mim, além de muito emblemáticas, de extrema riqueza e controvérsia. Avaliar não é tarefa fácil…ao contrário do que muitos possam pensar…porém… saber avaliar e saber fundamentar são igualmente requisitos sobre os quais é nosso dever enquanto intervenientes activos no processo ensino-aprendizagem estar presente, activo, bem informado e actual em termos de prática (não me refiro claro está só à teoria!). Penso que foram inúmeras as abordagens e todas elas muito pertinentes…optei por colocar uma ou outra onde é mais evidente “presença social” porque, considero que efectivamente, o modo como abordamos e lidamos com este tema é um reflexo da nossa forma de estar não só enquanto profissionais, mas também enquanto cidadãos do mundo! Actualmente termo Avaliar e o processo que este comporta não é só do ensino, muito pelo contrário…diariamente somos confrontados com ele e procuramos sempre o melhor caminho/estratégia de modo a ficar com o nosso registo o mais positivo possível e isto, meus caros, é uma realidade inegável e sempre presente em cada acto diário! Há que saber justificar os porquês e fundamentá-los ainda melhor, pois só assim é que, no nosso bosque do conhecimento podemos caminhar para uma clareira onde os raios do sol entram e iluminam, conferindo transparência, objectividade, rigor e continuidade ao nosso percurso enquanto eternos alunos!

Um abraço a todos pela vossa presença, pelas vossas respostas e por saberem estar sempre lá!...

Muito Obrigada!!!

Marina

Actividade 2 - Viagem por todas as etapas...

Actividade 2: Directrizes de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online

A Actividade 2 tem como objectivo caracterizar diferentes modelos de desenvolvimento/avaliação da qualidade de cursos online.

Competências a desenvolver:
• Caracterizar diferentes propostas de desenvolvimento/avaliação da qualidade de cursos online.
• Identificar fundamentos subjacentes a modelos de avaliação de cursos online;

TAREFAS:

1º) Constituição de pequenos grupos (3/4 elementos) e selecção de um dos textos indicados em Recursos:

O nosso grupo foi composto por:

Fernando Faria, Marina Moleirinho, Marcus Vinicius e Telma Jesus.

O nome do nosso grupo é Van Gogh!

Decidimos abordar o texto intitulado:

The Ideal Online Course, Allison CARR-CHELLMAN & Philip DUCHASTEL.

2º) Leitura e análise do texto escolhido, tendo em vista realizar uma síntese que foque os seus principais aspectos, caracterizando a proposta de modelo/avaliação da qualidade de cursos online:


E começamos por o dividir por cada elemento e em seguida elaboramos o temos final!

Eis a parte que comecei a trabalhar:


THE IDEAL ONLINE COURSE - PÁGINAS 9, 10 E 11 – RESUMO:

Exemplos Online



Um dos elementos essenciais para o cumprimento das tarefas de aprendizagem estabelecidas é sem dúvida o factor da disponibilidade dos alunos face ao trabalho online. Esta indicação faculta ao aluno não só o nível do esforço que vai ser solicitado, mas também aumenta a qualidade do que é esperado na concretização do seu trabalho.
Outro factor igualmente significativo é o encorajar aos alunos a publicação contínua do seu trabalho, a fim de que os restantes colegas tenham acesso ao referido trabalho. Esta situação promove o sentido de partilha, visto que os alunos aprendem com o trabalho dos seus colegas e, inclusive, fomentam o sentido de melhoria do mesmo por si próprios quando lêem o trabalho dos outros e vice-versa, ou seja, quando o seu trabalho é sujeito a um elevado sentido de análise ponderada e critica construtiva por parte destes. É certo que esta questão da partilha pode originar situações de algum desconforto quando nos referimos à crítica, porém o sentido de uma aprendizagem colaborativa deve assumir contornos mais proveitosos e valiosos. Nesse sentido, as vantagens superam as desvantagens e uma aprendizagem colaborativa suplanta eventuais situações de alunos que preferem métodos de aprendizagem mais competitivos.

Comunicação no Curso

Intercâmbios Assíncronos
Existem três tipos de comunicação que devem ser tidos em consideração, nomeadamente a interacção entre o conteúdo e o aluno, a interacção entre o aluno e o instrutor e a interacção entre o aluno e o aluno (Moore and Kearsley, 1996). Estudos recentes vieram demonstrar que existe um beneficio na interacção entre o aluno e o aluno, visto que reduz o enfatizar da interacção entre o aluno e o instrutor, além de que rentabiliza o curso quanto estamos perante um numero elevado de alunos (Tinker 1997). A melhor forma de fomentar a interacção e o diálogo entre alunos na procura e fomento da aprendizagem é através dos fóruns criados para esse efeito. Nos fóruns toda a comunidade de aprendizagem interage e dialoga de forma ponderada e intelectual contribuindo para o desenvolvimento da partilha intelectual e proveitosa para todos. De um modo geral, estes fóruns contribuem para a continuação de posições individuais e/ou de grupo relativamente a aspectos pertinentes tendo em conta os objectivos propostos na orgânica do curso.
Estas discussões assíncronas na maioria das vezes conduzem-nos à formação de comunidades de aprendizagem em que os alunos partilham os resultados das suas aprendizagem e as suas experiências de vida reais, demonstrando que a aprendizagem não se fica só pelas leituras, mas também pela partilha das mesmas e pela partilha de situações narradas através da vivência de um Eu concreto e real.

Intercâmbios Síncronos
A grande vantagem dos intercâmbios síncronos relaciona-se com o facto de os alunos poderem participar de modo mais flexível e nos seus termos próprios. Com as interacções síncronas é permitido ao aluno a concretização de uma participação mais real em termos de conversação através de uma áudio conferência, chats de internet e de uma vídeo-conferência. As vantagens deste tipo de comunicação relacionam-se com um sentido de interacção mais directo (e direccionado), uma resposta “imediata” às questões colocadas e uma eventual contribuição para que a equipa constituída no futuro consiga sustentar as suas futuras interacções.

Comunicação e-mail
A já tradicional comunicação via e-mail é bastante útil na comunicação ente o aluno e o instrutor, nomeadamente no que se refere a feedback relativo ao progresso do aluno e dos trabalhos apresentados, bem como aos elementos pertencentes a questões administrativas. Aspectos colaborativos entre colegas relativamente a tarefas podem igualmente ser efectuados com recurso a e-mail. E, neste sentido, nota-se uma clara emergência de novas situações de multimédia como é o caso do voicemail e vídeomail. É recomendado que os instrutores considerem estas novidades como formas potenciais de promover e aumentar a interacção entre alunos.

Construção de Competência Interactiva
Actualmente a rede faculta maioritariamente informação relativa à procura e aquisição de modos de aprendizagem, no que respeita a materiais de aprendizagem autónoma. Contudo, como desenvolvimento de novas modalidades a nível de software tecnológico o potencial para sessões de rede interactiva torna-se cada vez mais uma realidade viável.
A abordagem pedagógica deve ser uma que dê ênfase ao diálogo intelectual para o desenvolvimento de todas as competências conceptuais e avançadas intelectualmente. Este dialogo, desenvolvido através dos meios descritos anteriormente, proporciona uma perspectiva de um número mais limitado de sessões interactivas guiadas, elaboradas e dirigidas a elementos especializados ou a elementos de um baixo nível cognitivo e de competências psicomotoras. Toda a filosofia desta forma de pensar se fundamenta nas actuais concepções da aprendizagem construtivista.

Bases Teoréticas
Nesta secção foram examinadas as bases nas quais o curso online ideal deve assentar, partindo para uma definição do que é a aprendizagem, ou seja, um processo de transformação de conhecimento que ocorre através da interacção de um indivíduo com informação no ambiente do referido indivíduo. O conhecimento tem aspectos associativos e estruturais e é uma questão altamente individual, tal como os educadores construtivistas descrevem. Neste sentido, os alunos interagirão com a mesma informação e irão proceder a elaborações e interpretações de modos diferentes. Face a este contexto, a diversidade e o nível da interacção de informação são os níveis chave aqui. A informação pode ser disponibilizada por meio de materiais de aprendizagem, como artigos, pelo instrutor sob a forma de comentários, ou por outros alunos num fórum de discussão. Deste modo, gradualmente, o aluno vai complementando e construindo o seu conhecimento, ora criticando, ora partilhando nas diversas interacções que lhe vão sendo propostas.
Tendo em consideração a perspectiva instrucional, esta é definida como a “construção” do contexto do aluno para optimizar a interacção de informação e posterior aprendizagem. Consideremos assim duas componentes: a primeira relaciona-se com a ideia de um compromisso que visa a procura inicial e constante de interacção, e, a segunda tem como alvo a adaptação, ou seja, o acto de se concentrar em aceder apenas à informação relevante (e nada mais). Deste modo, o compromisso por si só é uma componente com duas facetas: o interesse na informação e na sua interacção e o conteúdo e a ambiência social que o envolve. Igualmente significativo é o facto de o primeiro dizer respeito a um interesse intrínseco, visto relacionar-se com o que é denominado por motivação intrínseca ou curiosidade epistemológica, e o segundo criar um sentido de pressão, de manifestação, de perseverança em se sair bem nas tarefas propostas, que são visíveis em conotações de vivacidade à interacção quando o diálogo online surge com os colegas. Face ao descrito o acto de se focar em tarefas autênticas, como o colaborar numa aprendizagem interactiva, são manifestações de um sentido de compromisso significativo e visível do empenho e do cariz empreendedor do aluno.
A questão da adaptabilidade assume contornos muito significativos quando temos em linha de conta que o estar disponível para a informação certa no momento certo é muito pertinente. O curso online ideal procura estimular e dar ênfase à iniciativa e exploração individual por oposição a um estado de passividade e de mera receptividade de informação. Nesse sentido, o desafio instrucional é essencialmente um guia que estabelece necessidades individuais do estudante com os elementos adequados de informação quer esta seja estática ou dinâmica, encorajando sempre uma interacção baseada na iniciativa e numa postura independente, facultando um controle na aprendizagem e uma optimização que serve de ligação entre as necessidades e os recursos.
Outra ideia que se repete é o facto de os conteúdos altamente estruturados serem tendencialmente mais receptivos a um estilo de instrucional tradicional centrado no professor, porém o problema surge quando a análise dos conteúdos de aprendizagem já previamente descritos passam para o domínio da instrução, o que é natural visto que a instrução está ao serviço da aprendizagem.

FIM

________________

Artigo trabalhado:


CARR-CHELLMAN, Allison & DUCHASTEL, Philip (2000) "The ideal online course". British Journal of Educational Technology, Vol 31, Nº 3 (229-241).
http://www.personal.psu.edu/users/k/h/khk122/woty/F2FHybridOnline/Carr-Chellaman%202000.pdf


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3º) Apresentação ao grupo turma dos trabalhos desenvolvidos no forum Actividade 2:


A nossa versão final foi esta:


Trabalho: Grupo – Van Gogh (Apresentação)



(suporte digital: http://www.slideshare.net/telmajesus/the-ideal-online-course-5987710)

British Journal of Educational Technology Vol. 31 n º 3 2000 229-241


O CURSO ONLINE IDEAL

Alison Carr-Chellman and Philip Duchastel



A Doutora Carr-Chellman é Professora Assistente de Sistemas Educacionais da Faculdade de Educação da Pennsylvania State University. É doutorada pela Indiana University - Universidade de Indiana em estudos de mudança sistémica, design de utilizador, e mudança assistida por tecnologia.
Esteve envolvida no fornecimento de educação a distância, no design educacional e Internet para a sala de aula.

O Dr. Duchastel esteve envolvido no ensino a distância desde o início dos anos 70, quando ingressou no Instituto de Tecnologia Educacional da British Open University - Universidade Aberta Britânica. Participou no desenvolvimento de um programa de doutoramento a distância na área de Tecnologia Educacional [http://www.nova.edu/pet/].
Endereço para correspondência:
Alison A Carr-Chellman,
Pennsylvania State University,
307 Keller Building, University Park, PA 16802, EUA.

Resumo
Este artigo aborda muitos dos principais problemas enfrentados pelos designers de cursos baseados na Web para universidades. Inspirados na experiência em educação a distância e Web design, foi desenvolvido um conjunto de componentes-chave a serem abordados durante a criação de um curso online "ideal". Esta análise força a consideração do que constitui boas práticas de ensino online, bem como, uma boa e efectiva utilização das tecnologias, que estão cada vez mais presentes nos nossos ambientes de ensino.

Introdução
O ensino baseado na Web é uma nova modalidade de ensino bastante popular que está a ser adoptado em todos os níveis de escolaridade e está gerando um grande interesse na tecnologia de ensino da comunidade I & D (Investigação e Desenvolvimento) (Kahn, 1997, 1998; Hackbarth, 1997).
A criação de cursos online de sucesso permanece uma proposta complicada neste momento.
Aspectos que contribuem para um curso online de sucesso:
• A análise de um projecto básico dos cursos online.
• Utilização da web como um meio para a disponibilização de ensino num determinado contexto.
• Não transpor para a Web o ensino original (tradicional), correndo o risco de tornar os cursos ineficazes.
• O design do projecto como um todo, incluindo ambos os elementos conteúdo- elementos básicos de design instrucional, tais como os objectivos e outros componentes encontrados em design instrucional tradicional (ver, por exemplo, Dick e Carey, 1996) e tecnologia - são os elementos da infra-estrutura do curso que apoiam a aprendizagem, tais como áudio-conferência, chat de internet, páginas web, etc.
• Questionar: um curso online ideal, em que consiste? Será que ele existe?
• Recorrer às tecnologias de componentes mais recentes, como uma tecnologia de utilização fácil (exemplo da Web).

O Dr. Duchastel esteve envolvido em educação a distância desde o início dos anos 1970, quando ingressou no Instituto de Tecnologia Educativa na Universidade Aberta Britânica, tendo participado no desenvolvimento de um programa de doutoramento oferecido a distância na área da Tecnologia Educativa. A Doutora Carr-Chellman tem leccionado ou investigado cursos baseados na web nos últimos três anos.

O que é um curso online?
Um curso online é, um curso que:
• É principalmente baseado na Internet (ou intranet, dentro de uma organização),
• Faz uma utilização ideal da World Wide Web como ferramenta principal de comunicação dentro do curso,
• Permite aos outros tirar o melhor partido da web em termos de exploração das vantagens que os mídia oferecem,
• Exige uma infra-estrutura informática acessível e bastante sofisticada (ao contrário de ensino a distância tradicional no modo texto) para assegurar que toda a comunicação ocorre sem contratempos,
• Aproveita ao máximo as potencialidades oferecidas pela web.

Cursos online. Porquê?
• Para dar resposta às necessidades de desenvolvimento profissional dos grandes aglomerados populacionais e da população em geral.
• Para abranger um maior número de estudantes independentemente da sua localização, quer estejam ou não no mercado de trabalho e trabalhar com eles de forma a tirar o melhor proveito da sua disponibilidade de tempo, energias e interesses, uma vez que nem todos precisam ou podem ser alunos presenciais nos cursos universitários tradicionais.
• O recente advento de ferramentas de design baseado na web, veio permitir a criação de cursos online.
• As despesas de educação a distância e os orçamentos das universidades e dos estudantes favorecem a criação deste tipo de cursos.
• Os custos para essas novas formas de divulgação da educação continuam a ser reduzidas anualmente (ver Daniel, 1996, para uma análise da situação), tornando-se viável para todas as instituições ou até mesmo os professores a entrar no mundo da educação online.
• Viragem na disponibilização de cursos, na qual as instituições tradicionais de educação a distância estão colocando muitos dos seus cursos online, como é o exemplo da British Open University, uma das instituições contemporâneas de educação a distância respeitáveis.
• Alargamento do campo de acção além das fronteiras da universidade (conceitual e geograficamente) para dar início a iniciativas de ensino a distância.
• Utilização de tecnologias disponíveis, por parte das instituições de educação a distância para melhor satisfazer o seu público-alvo e delinear cuidadosamente os cursos de educação a distância.
• Proibir o termo "sistema de entrega", em qualquer discussão sobre educação a distância ou ensino online, e em vez disso, utilizar termos como "ensino organizado" ou "criação de materiais de aprendizagem" que são mais adequados no ensino online.
• O novo paradigma online não apela tanto para o fornecimento de ensino a distância, como para a disponibilização de recursos de aprendizagem e actividades educativas para os alunos. Isto é válido sempre que os alunos são (apenas na rua ou de outro continente) e sempre que os alunos precisem dos recursos e das actividades.
• É necessário estar no lugar certo, na hora certa, para considerar como ideal a educação a distância.
• Uma das implicações da mudança de paradigma que estamos testemunhando é que o ensino a distância, como nós o conhecemos, desaparecerá. No seu lugar, veremos a proliferação da aprendizagem distribuída (Bates, 1995), ou a aprendizagem flexível (Stacey, 1995). Uma ilustração da fusão de fronteiras entre educação a distância e ensino presencial (face-a-face) é visto no Deacon University, na Austrália (http://www.deakin.edu.au/), onde uma parte do ensino é presencial e outra está disponível online.
• A própria distinção entre ensino online e ensino presencial está desfocada. A educação a distância do tipo tradicional (por exemplo, cursos por correspondência - paper-based) pode continuar a ser extremamente útil em países onde a infra-estrutura informática ainda não é sofisticada o suficiente, para suportar o ensino online.
• Chegará um momento em que as instituições de países em desenvolvimento podem saltar para essa infra-estrutura informática e tirar partido do potencial das novas tecnologias.
• Um dos maiores conflitos do ensino online de hoje espelha o actual conflito entre o ensino residencial - behaviorista ou construtivista. O ensino deverá ser centrado no Professor ou aluno?
• Os designers e os professores têm de escolher a melhor forma de associar as experiências de aprendizagem behavioristas e construtivistas para a criação dos seus cursos online.
• Actualmente, a vasta maioria dos materiais de aprendizagem online, particularmente aqueles traduzidos directamente das notas de aula presencial, são de natureza behaviorista (comportamental). Criar cursos online baseados na teoria construtivista ou no estudante, apresenta uma série de obstáculos que podem desafiar as economias de escala nas universidades interessadas na web como um gerador de receita.
• A promessa de modelos de aprendizagem brilhantes, centrados no aluno e na teoria construtivista, no futuro da educação online surge como uma necessidade que é vista em contextos específicos para uma interacção mais próxima do estudante e negociação de aprendizagens.
• É recomendado um ambiente decididamente centrado no aluno.

Tecnologias envolvidas num curso online ideal
Não basta transpor os cursos tradicionais para o novo meio que é a web para criar uma instituição online. Isto não tirará o melhor partido das oportunidades que a web constitui. É necessário que se reconheça que a educação online é um meio específico por direito próprio e, assim, terá o seu próprio design para formação efectiva.
As tecnologias actuais envolvidas no curso ideal são numerosas e incluem material textual baseado na web, tais como guias de estudo, fóruns de discussão síncronos e assíncronos, e-mail e comunicação de voz, quer via internet, quer por telefone.
Na maior parte dos casos, um tradicional livro é apropriado para um aluno estudar ao longo de um curso. Outros elementos, tais como imagens e vídeos, são apropriados em muitas áreas da educação, mas não em todas.

O curso online ideal
Descrevemos, nesta secção, a nossa concepção dos elementos de um curso online ideal.
Naturalmente, as orientações associadas com o curso online ideal só são úteis se forem confirmados com procedimentos de garantia de qualidade contínua. Muitas universidades têm departamentos associados com a educação online, através de formação contínua ou de divisões de educação a distância. Esses departamentos podem ser incumbidos de seguir orientações de design rigorosas e assegurar que todas as ofertas online são de alta qualidade. A nossa experiência sugere que, em alguns casos, foi dada mais atenção à promoção e à publicidade do que à garantia de qualidade, em alguns programas de graduação online. No entanto, atenção explícita a procedimentos de garantia de qualidade podem ajudar a mitigar esta situação. Essa atenção incrementará a qualidade, mas também aumentará os custos.

O guia de estudo
O guia de estudo online é, talvez, o elemento central de um curso online ideal. O guia de estudo é a referência principal do aluno ao conteúdo, à estrutura e às actividades relacionadas com o curso online. A essência de um curso online é a organização das actividades de aprendizagem e possibilita ao aluno atingir certos resultados de aprendizagem. É importante notar aqui que a tradicional prestação de formação recebe muito menos atenção nos cursos online do que no contexto tradicional de cursos presenciais do ensino superior. Estamo-nos a direccionar para um design de ambiente de aprendizagem mais centrado no aluno e baseado em actividades.
O guia de estudo deve incluir os elementos tradicionais de um bom design instrucional, em particular uma descrição clara dos objectivos instrucionais e dos objectivos de aprendizagem do curso. Estes últimos são expressos em termos de aprendizagem dos alunos, por oposição à cobertura dos conteúdos. O guia de estudo inclui também a lista de recursos de aprendizagem, tais como os capítulos de livros a ler, artigos associados a consultar, leituras suplementares e sites ou links de interesse, além daquelas mencionadas no curso. O guia de estudo deverá incluir os trabalhos ou projectos que os alunos terão que elaborar, juntamente com uma indicação clara dos elementos de qualidade que compõem os critérios de avaliação.
O guia de estudo online, ao mesmo tempo semelhante a um curso tradicional, é, de muitas maneiras, diferente. Os guias de estudo online devem fornecer um nível de detalhe suficiente para possibilitar ao aluno proceder sem grande interacção pessoal ou esclarecimentos do professor. Naturalmente, a assistência do professor está disponível durante o curso online ideal; no entanto, são imperiosas descrições claras e indicações no guia de estudo online.

Sem livro online
O curso online ideal geralmente não deve ter online os recursos de aprendizagem principais. A grande desvantagem de materiais de texto online está na interface pobre que o ecrã do computador oferece para a leitura, em comparação com o interface habitual do livro, que terá, presumivelmente, sido cuidadosamente projectado para ser usado como um texto (Jonassen, 1982). É, de facto, muito mais fácil para os alunos estudarem a partir de um livro tradicional do que vagar através de materiais textuais online de qualquer tamanho. Além disso, a portabilidade dos livros tradicionais torna-os recursos muito atraentes para os alunos que estão a ser convidados a passar muito do seu tempo online com outras experiências de aprendizagem. Talvez um dos poucos casos para os materiais textuais online é proporcionar aos alunos o acesso ao mais recente trabalho que pode não ter sido publicado ou incorporado nos livros tradicionais.
Pode haver uma vantagem para algumas mini palestras online, em formato de áudio ou vídeo, para fins de identificação com o instrutor e orientação geral sobre o assunto. No entanto, regra geral, a natureza activa da aprendizagem online opõe-se a grandes quantidades de texto através de notas de palestras, ou transcrição de palestras. Se, num curso, forem usadas palestras áudio ou vídeo, é essencial que eles se mantenham mínimas (na forma de áudio e vídeo clipes), por oposição às longas palestras. A sua finalidade não é especificamente transmitir informação em forma de conteúdo a ser aprendido, mas sim melhorar a identificação do aluno com o curso, a motivação para aprender e sentido de personalidade do instrutor a distância. O seu uso envolve uma função totalmente diferente daquela que pode ser encontrada numa palestra universitária tradicional e, portanto, assume uma forma completamente diferente.

Actividades
O curso online ideal é centrado no conjunto de actividades do aluno (projectos, tarefas) que constituem as experiências de aprendizagem em que os alunos vão participar, isoladamente ou em colaboração, para que eles dominem os objectivos do curso. Dirigimo-nos para um modo de aprendizagem que é menos dependente da aquisição de informação ou da cobertura de conteúdo através de palestras e mais dependente da aplicação e utilização dessa informação no mundo real, sempre que possível. Duas dimensões são centrais nesta mudança. A primeira é a importância da autenticidade nas tarefas que atribuímos aos alunos, de modo a optimizar a sua participação e envolvimento com a matéria (Jonassen et al., 1995; Wilson, 1996). Este nível de autenticidade é necessário para manter o interesse e a actividade por parte do aluno online, que enfrenta a desvantagem de não ter interação social sustentável encontrados em configurações instrucionais tradicionais. A segunda dimensão envolve um foco na busca de informação relevante pertinente para os objectivos de aprendizagem dentro da ampla gama de possibilidades oferecida não só pelo material do curso em si, mas também pela riqueza de informação e recursos de aprendizagem disponíveis na internet.
Na verdade, a nossa educação online permite uma forma de instrução muito mais aberta e menos restrita, em termos de resultados de aprendizagem a serem alcançados no âmbito do curso, do que era possível anteriormente (Duchastel, 1997). Um curso universitário online deve proporcionar aos alunos os objectivos gerais que devem ser atingidos, deixando-os com a latitude substancial e iniciativa de perseguir os seus próprios objectivos. Isso pode levar a uma diversidade de resultados de aprendizagem em alunos que estão perseguindo os seus interesses individuais, tudo dentro do contexto do curso comum. Esta ênfase sobre as actividades a serem realizadas como o principal elemento estruturante no curso está alinhado com a recente tendência em design instrucional para ambientes de aprendizagem baseados em problemas e na direcção dos objectivos gerais perseguidos nesse quadro de design instrucional (Savery e Duffy, 1996). Um dos elementos essenciais relacionados com as actividades é a entrega atempada de feedback aos alunos - para ajudá-los a melhorar a sua aprendizagem, por exemplo, corrigindo erros, e para fornecer orientações gerais às suas actividades. O feedback, em particular o feedback oportuno, pode ser uma questão importante relacionada com a carga de trabalho do instrutor ou do professor online. Não há dúvida de que o ensino online é mais intensivo em termos de tempo e requer uma atenção mais continuada, a fim de oferecer respostas mais rápidas às necessidades do aluno do que a educação presencial tradicional. Isto também desafia as economias de escala associadas a compreensões tradicionais do administrador de educação online. Porque o trabalho é intensificado, as cargas das faculdades devem ser totalmente reconsideradas nesta nova forma de educação. Não há nenhuma orientação simples para este processo, mas é algo a ser cuidadosamente pensado e estudado a fim de libertar o instrutor para verdadeiramente ministrar o curso online ideal.

Exemplos Online
Um dos elementos essenciais para o cumprimento das tarefas de aprendizagem estabelecidas é sem dúvida o factor da disponibilidade dos alunos face ao trabalho online. Esta indicação faculta ao aluno não, só o nível do esforço que vai ser solicitado, mas também aumenta a qualidade do que é esperado na concretização do seu trabalho.
Outro factor igualmente significativo é o encorajar aos alunos a publicação contínua do seu trabalho, a fim de que os restantes colegas tenham acesso ao referido trabalho. Esta situação promove o sentido de partilha, visto que os alunos aprendem com o trabalho dos seus colegas e, inclusive, fomentam o sentido de melhoria do mesmo por si próprios quando lêem o trabalho dos outros e vice-versa, ou seja, quando o seu trabalho é sujeito a um elevado sentido de análise ponderada e critica construtiva por parte destes. É certo que esta questão da partilha pode originar situações de algum desconforto quando nos referimos à crítica, porém o sentido de uma aprendizagem colaborativa deve assumir contornos mais proveitosos e valiosos. Nesse sentido, as vantagens superam as desvantagens e uma aprendizagem colaborativa suplanta eventuais situações de alunos que preferem métodos de aprendizagem mais competitivos.

Comunicação no Curso
Intercâmbios Assíncronos
Existem três tipos de comunicação que devem ser tidos em consideração, nomeadamente a interacção entre o conteúdo e o aluno, a interacção entre o aluno e o instrutor e a interacção entre o aluno e o aluno (Moore and Kearsley, 1996). Estudos recentes vieram demonstrar que existe um beneficio na interacção entre o aluno e o aluno, visto que reduz o enfatizar da interacção entre o aluno e o instrutor, além de que rentabiliza o curso quanto estamos perante um numero elevado de alunos (Tinker, 1997). A melhor forma de fomentar a interacção e o diálogo entre alunos na procura e fomento da aprendizagem é através dos fóruns criados para esse efeito. Nos fóruns toda a comunidade de aprendizagem interage e dialoga de forma ponderada e intelectual contribuindo para o desenvolvimento da partilha intelectual e proveitosa para todos. De um modo geral, estes fóruns contribuem para a continuação de posições individuais e/ou de grupo relativamente a aspectos pertinentes tendo em conta os objectivos propostos na orgânica do curso.
Estas discussões assíncronas na maioria das vezes conduzem-nos à formação de comunidades de aprendizagem em que os alunos partilham os resultados das suas aprendizagem e as suas experiências de vida reais, demonstrando que a aprendizagem não se fica só pelas leituras, mas também pela partilha das mesmas e pela partilha de situações narradas através da vivência de um Eu concreto e real.

Intercâmbios Síncronos
A grande vantagem dos intercâmbios síncronos relaciona-se com o facto de os alunos poderem participar de modo mais flexível e nos seus termos próprios. Com as interacções síncronas é permitido ao aluno a concretização de uma participação mais real em termos de conversação através de uma áudio conferência, chats de internet e de uma vídeo-conferência. As vantagens deste tipo de comunicação relacionam-se com um sentido de interacção mais directo (e direccionado), uma resposta “imediata” às questões colocadas e uma eventual contribuição para que a equipa constituída no futuro consiga sustentar as suas futuras interacções.


Comunicação por e-mail
A já tradicional comunicação via e-mail é bastante útil na comunicação ente o aluno e o instrutor, nomeadamente no que se refere a feedback relativo ao progresso do aluno e aos trabalhos apresentados, bem como aos elementos pertencentes a questões administrativas. Aspectos colaborativos entre colegas relativamente a tarefas podem igualmente ser efectuados com recurso a e-mail. E, neste sentido, nota-se uma clara emergência de novas situações de multimédia como é o caso do voicemail e vídeomail. É recomendado que os instrutores considerem estas novidades como formas potenciais de promover e aumentar a interacção entre alunos.

Construção de Competência Interactiva
Actualmente a rede faculta maioritariamente informação relativa à procura e aquisição de modos de aprendizagem, no que respeita a materiais de aprendizagem autónoma. Contudo, com o desenvolvimento de novas modalidades a nível de software tecnológico, o potencial para sessões de rede interactiva torna-se cada vez mais uma realidade viável.
A abordagem pedagógica deve dar ênfase ao diálogo intelectual para o desenvolvimento de todas as competências conceptuais e avançadas intelectualmente. Este diálogo, desenvolvido através dos meios descritos anteriormente, proporciona uma perspectiva de um número mais limitado de sessões interactivas guiadas, elaboradas e dirigidas a elementos especializados ou a elementos de um baixo nível cognitivo e de competências psicomotoras. Toda a filosofia desta forma de pensar se fundamenta nas actuais concepções da aprendizagem construtivista.

Bases teóricas
Nesta secção, foram examinadas as bases nas quais o curso online ideal deve assentar, partindo para uma definição do que é a aprendizagem, ou seja, um processo de transformação de conhecimento que ocorre através da interacção de um indivíduo com a informação no ambiente do referido indivíduo. O conhecimento tem aspectos associativos e estruturais e é uma questão altamente individual, tal como os educadores construtivistas descrevem. Neste sentido, os alunos interagirão com a mesma informação e irão proceder a elaborações e interpretações de modos diferentes. Face a este contexto, a diversidade e o nível da interacção de informação são os níveis chave aqui. A informação pode ser disponibilizada por meio de materiais de aprendizagem, como artigos, pelo instrutor sob a forma de comentários, ou por outros alunos num fórum de discussão. Deste modo, gradualmente, o aluno vai complementando e construindo o seu conhecimento, ora criticando, ora partilhando, nas diversas interacções que lhe vão sendo propostas.
Tendo em consideração a perspectiva instrucional, esta é definida como a “construção” do contexto do aluno para optimizar a interacção de informação e posterior aprendizagem. Consideremos assim duas componentes: a primeira relaciona-se com a ideia de um compromisso que visa a procura inicial e constante de interacção, e a segunda tem como alvo a adaptação, ou seja, o acto de se concentrar em aceder apenas à informação relevante (e nada mais). Deste modo, o compromisso por si só é uma componente com duas facetas: o interesse na informação e na sua interacção e o conteúdo e a ambiência social que o envolve. Igualmente significativo é o facto de o primeiro dizer respeito a um interesse intrínseco, visto relacionar-se com o que é denominado por motivação intrínseca ou curiosidade epistemológica, e o segundo criar um sentido de pressão, de manifestação, de perseverança em se sair bem nas tarefas propostas, que são visíveis em conotações de vivacidade à interacção quando o diálogo online surge com os colegas. Face ao descrito o acto de se focar em tarefas autênticas, como o colaborar numa aprendizagem interactiva, são manifestações de um sentido de compromisso significativo e visível do empenho e do cariz empreendedor do aluno.
A questão da adaptabilidade assume contornos muito significativos quando temos em linha de conta que o estar disponível para a informação certa no momento certo é muito pertinente. O curso online ideal procura estimular e dar ênfase à iniciativa e exploração individual por oposição a um estado de passividade e de mera receptividade de informação. Nesse sentido, o desafio instrucional é essencialmente um guia que estabelece necessidades individuais do estudante com os elementos adequados de informação, quer esta seja estática ou dinâmica, encorajando sempre uma interacção baseada na iniciativa e numa postura independente, facultando um controle na aprendizagem e uma optimização que serve de ligação entre as necessidades e os recursos.
Outra ideia que se repete é o facto de os conteúdos altamente estruturados serem tendencialmente mais receptivos a um estilo de instrucional tradicional centrado no professor, porém o problema surge quando a análise dos conteúdos de aprendizagem já previamente descritos passam para o domínio da instrução, o que é natural visto que a instrução está ao serviço da aprendizagem.

Capacitação interactiva
• Surgem as novas tecnologias de software permitindo a oferta de cursos no modelo CBT tradicional. Em alguns casos, esse modelo de aprendizagem é importante para construir certas competências. Embora esta modalidade de ensino seja particularmente importante na área de capacitação, não deve ser utilizadas em cursos que tenham a competência para o de desenvolvimento intelectual.
• A proposta apresentada tem uma abordagem pedagógica em que deve ser enfatizado o diálogo para troca de ideias provocando o desenvolvimento das habilidades conceituais provocada pela relação entre os companheiros de estudo através do diálogo. Essa linha de pensamento está alinhada com as concepções atuais da aprendizagem construtivista.

Bases teóricas
A visão na perspectiva da aprendizagem de um curso ideal:
• A aprendizagem tem o seu processo de transformação do conhecimento quando ocorre a interação do indivíduo com a informação e outro indivíduo. O conhecimento forma-se pelos aspectos associativos e estruturais e é uma questão individual, de acordo com os educadores construtivistas. Quando os alunos interagem com o mesmo tipo de informação, iram elaborar e interpretar de forma diferente.
• Os alunos podem precisar os elementos de informações diferentes um dos outros, a fim de compreender cada elemento comum de estudo. Diversidade e grau (potencial de) de interação de informação é a chave aqui. Informações podem ser fornecidas pelos materiais de aprendizagem (como o livro), pelo professor (por exemplo, comentários a uma atribuição), por outros estudantes (como num fórum de discussão online). O aluno gradualmente constrói o seu conhecimento através dessas diversas interações.

Berge (1997) observa que o ensino online, quando apresenta suas matérias de estudo, também aplica as perguntas para o conteúdo abordagens online. Esta é sem dúvida, a maior interação, especialmente com colegas estudantes que podem ser particularmente úteis em lidar com a informação que são carregadas de valores (muitas vezes, o caso em configurações aplicadas, onde a experiência prática de diferentes alunos pode ser partilhada com aproveitamento). Ao lidar com a informação altamente estruturada e consensual (pense no curso introdutório típico de um campo de estudo), a discussão aberta é menos crucial.
Gagne (1965) enfatizada que na teoria da aprendizagem, existe um debate contínuo na área sobre o construtivismo. Dentro desse contexto de discussão aberta, somado ao que corresponde as exigências do processo de aprendizagem com os tipos de conteúdo da informação.
Focando o processo da instrução no contexto da aprendizagem e otimizando a interação temos dois processos do aluno:
• Primeira – o envolvimento (iniciando e buscando a interação),
• Segunda – a adaptabilidade (permitindo o acesso apenas a informações corretas que for necessário).

Nesses dois processos temos dois aspectos:
• O interesse na informação com quem o aluno esta interagindo (o conteúdo) – nesse caso diz respeito ao que é chamado também de motivação intrínseca ou curiosidade epistemológica, instrucionalmente é gerado através da escolha e ordenação das informações a prestar e é em grande parte uma questão de seleção de conteúdo (a decisão fundamental de instrução).
• O contexto social em que o aluno está envolvido (os processos institucionais e do grupo) – nesse aspecto, no contexto social cria-se a situações individuais (onde o aluno realiza suas missões) ou acrescenta vivacidade na interação (dialogando com os outros online).

O foco em tarefas para avaliação e em colaborativas na aprendizagem, utilizando ambos os recursos no nosso curso online ideal, assumem um compromisso.
O curso ideal tem um tempo da adaptabilidade onde o aluno inicia sua atividade de exploração da informação disponibilizada e juntamente com essa informação vêm os desafios da instrução provocando uma atividade individual mais dinâmica.
Junto aos recursos acima comentados, temos a abertura na estrutura do curso para proporcionar a comunicação entre os alunos e consequentemente a construção de ideias do grupo leva-o para o domínio da instrução.

Alguns debates práticos:
Neste tópico, será analisado um conjunto de preocupações mais práticas, como:
1. A questão dos alunos serem estimulados através do regime do curso: procedimentos onde todos os alunos seguem as atividades em grupo dentro dos prazos estipulados ou o curso é totalmente livre onde o aluno entra e termina quando quer, seguindo a sequência que entender.
2. A importância do modelo face-to-face, a distância ou misto: Muitos educadores são ligados ao processo do face-to-face e acham que precisa de ter um mínimo de contacto nos cursos a distância. Muitas vezes, sentimos que o contato interpessoal é a nossa força, queremos aumentar esse tipo de interação. No final, a prática é que nos vai mostrar o que pode ser mais adequado e equilibrado usar: o face-to-face ou a interações a distância ou o misto com a definição percentual dos dois.
3. O grau de adaptação do aluno, temos questões como: qual é o benefício de uma componente síncrona e assíncrona para um curso online? Uma áudio-conferência e um chat online são exemplos dessas formas de interação síncrona. Alguns educadores acreditam que o seu valor é mínimo, enquanto outros não. Outra questão de interesse prático é o valor da avaliação e sua forma tecnológica de aplicação. No que diz respeito à tecnologia, alguns cursos online são o que pode ser chamado de programas multimídias, enquanto outros são relativamente simples. Existe valor engajado no primeiro, ou seja, um potencial de abstração no comportamento visual e interativo não só para o aluno, mas também para o designer do curso.
4. O acesso de forma pública/privada aos cursos online: Muitos cursos online exigem senhas para ter acesso, enquanto outros são abertos ao mundo para quem opta por utilizar os seus recursos. Há certamente vantagens e desvantagens em cada uma destas abordagens?
1. No caso de acesso aberto, temos a oportunidade de partilhar o material didático instrucional amplamente com muitas audiências para comentários e julgamentos e para servir uma vasta comunidade, incluindo aqueles que podem precisar de mais experiências de aprendizagem, mas não estão interessados em grau de concessão ou de empresas de rolamento de crédito.
2. Por outro lado, na maioria das instituições de ensino superior, o crédito é a moeda que representa o pagamento pelo curso, forma como as universidades suportam os custos dos cursos.
A questão do acesso livre ou acesso com senha é aquela onde cada faculdade terá que pensar nas vantagens ou desvantagens de cada abordagem. Estas questões, como a maioria das práticas, permanecem em aberto para muita experimentação.

Conclusão:
Definir o modelo de um curso online é muito complexo, envolve muitas variáveis de análise que vão desde a apresentação do conteúdo e o seu formato a tipos de interação.
As tecnologias estão fazendo com que os modelos sejam revistos, facilitando mais ainda o acesso à informação como a forma de interação dos alunos.
As teorias da aprendizagem também estão evoluindo e se adequando ao design instrucional de forma que ele vai crescer e abrir espaço para outras perspectivas no contexto de cursos online.
Foram descritos neste documento o reconhecimento dos riscos que envolvem a definição de um curso online ideal. A visão crítica neste trabalho é de debater, avaliar e identificar as diversas possibilidades que podem surgir em termos de ideias para o desenvolvimento de cursos online e interacção institucional.

4º) Discussão geral do grupo turma tendo em vista identificar pontos convergentes e divergentes no conjunto dos textos apresentados:



Discussão com os colegas:

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Olá Paula e colegas,
Tendo em conta a tua sugestão ...eis a minha contribuição para dois textos:


Artigos: The Ideal Online Course Quality Guidelines For Online Courses... Outros...


Características:

Problematiza e procura definir as vantagens do curso online ideal, apelando à pratica do ensino online e à divulgação da Web 2.0 como ferramenta a usar. Identifica e particulariza através do lançamento de questões os critérios da qualidade dos cursos online, visto que dada a mutação dos tempos se torna urgente aferir/avaliar qualidades e saberes sobre esta forma de ensino.


Fundamentos:

Todo o artigo evidencia procedimentos a ter em conta a fim de assegurar a qualidade do ensino online. São focados vários elementos essenciais, desde a enumeração do guia de estudo, até às actividades, passando pela comunicação e gerência desta, enfim... um conjunto de elementos pertinentes para que o curso online ideal surja na sua plenitude. Fundamenta e articula a sua linha de pensamento particularizando e exemplificando através do Modelo Edith Cowan, que baseia o seu método avaliativo em três áreas centrais: pedagogias, Recursos e Estratégias de disponibilização. No fio condutor do texto há a ideia de que facultar cursos de qualidade online é uma máxima a atingir.

Relativamente às leituras que fiz...


O texto que trabalhei com o meu grupo foi The Ideal Online Course. Achei todo o artigo muito interessante e de leitura acessível. Gostei particularmente do modo como o tema foi abordado e da forma como as linhas de orientação foram sendo apresentadas...houve problematização, apresentação de elementos e o facultar da pertinência desses elementos. Toda a orgânica do artigo me agradou desde o inicio e recomendo vivamente a sua leitura a todos os colegas.
Relativamente ao texto Quality Guidelines For Online Courses, achei que o trabalho dos colegas é louvável. A temática é igualmente interessante, motivante e segue um pouco a linha do artigo que trabalhei...isto é ambos argumentam o principio da qualidade e o alcançar da melhoria em cursos online e, tendo esse principio como base, procuram estratégias para chegar a esse "ideal". Gostei da apresentação dos colegas e confesso que sou uma fã da sistematização que o Prezi oferece...


Espero ter ido de encontro à sugestão da colega Paula e também um pouco do que a colega Cecília apresentou.


Para os outros textos...é necessário um pouco mais de tempo (tal como a Paula refere! )

Um abraço e votos de bom fim de semana,
Marina


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Olá caros colegas,


De um modo geral considero que a temática da avaliação é o tema central que atravessa estes artigos e face a este aspecto, eis a minha perspectiva sobre os textos em que ainda não me pronunciei:


Relativamente a Considerations for Developing Evaluations of Online Courses é definida e objecto de problematização a avaliação da qualidade dos cursos online considerando os seguintes itens:


- A avaliação deverá ser precedida de resultados explícitos;
-A avaliação deve distinguir usos formativos e sumativos;
- A avaliação deve ter a aprovação dos professores;
- A avaliação deve consistir em vários métodos;
- Os resultados da avaliação devem ser partilhados e usados;
- A própria avaliação deve ser avaliada.


Face a este cenário os professores são encorajados a proceder ao desenvolvimento de avaliações de final de curso específicas para o ambiente online e para o curso em questão. É igualmente sugerido que os instrumentos avaliativos sejam revistos, adaptados e adequados ao curso em causa e que estes façam parte do universo dos múltiplos métodos do processo avaliativo dos cursos dos professores. Penso que este texto apresenta uma abordagem muito própria e teorizada sobre o conceito de avaliação e como esta deve ser aplicada…uma leitura motivante!


No texto E-learning Quality: The Concord Model for Learning from a Distance, o processo avaliativo é analisado e objecto de reflexão cuidada tendo em conta o design instructional, os conteúdos e o impacto que estes têm no seu público-alvo, dando um destaque especial a este último que se reflecte no feedback fornecido. É igualmente dado ênfase ao facto de que para se conseguir uma boa avaliação se deve recorrer a uma tipologia de avaliação externa, que tenha como meta uma revisão/sugestão dos aspectos do curso ou da orgânica dos cursos passíveis de melhoramento. Acho que os colegas conseguiram apresentar os aspectos centrais do artigo, proporcionando um entendimento mais amplo e significativo.


Quanto a Defining, Assessing and Promoting E-learning Success: An Information Systems Perspective são bem delineados dois objectivos, nomeadamente o colmatar da necessidade de estudar o sucesso em E-Learning e o analisar a prática ou funcionalidade de um modelo de avaliação em E-learning. Uma vez apresentados os objectivos, procede-se à renovação de um Modelo de Sucesso em E-Learning já apresentado readaptado por DeLone e Mclean que se fundamenta em três estágios que se baseiam na concepção, na disponibilização e na análise de resultados, sempre tendo em conta que todas as fases de avaliação do sucesso assentam no princípio da interligação. Gostei muito da síntese apresentada pelos colegas e o tema abordado serve de complemento aos outros também apresentados.


Face a estas considerações, acho que é propicio acrescentar o que considero ser mais relevante:

- o processo avaliativo não deve ser sedentário, pelo contrário deve ser mutável, vivo e adaptável às circunstâncias e considerações que o envolvem, sempre tendo em conta aspectos a melhorar e a colmatar em beneficio do rigor e da eficiência da qualidade do curso (online) em vista;


- o processo avaliativo deve estar integrado no contexto das actividades em curso a fim de se alcançar uma avaliação o mais pura possível da performance dos alunos, visto que estes devem estar alertados e conscientes efectivamente do decorrer desse processo, sem esquecer depois um momento avaliativo para testar as competências - “skills & abilities” - adquiridas.


A título conclusivo termino com um pensamento para reflectir baseado na qualidade e na constante procura de melhoria de qualidade, sim porque acredito que há sempre espaço para melhorar e para progredir…


"A coisa mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direcção para a qual nos movemos." Oliver Wendell Holmes

Uma boa semana para todos,
Marina


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Na sequência de uma intervenção da colega Telma:


Olá colegas,


Relativamente às variáveis referidas pelo Marcus, saliento que no artigo The Ideal Online Course é feita uma abordagem ao guia de estudo. Se pensarmos bem, este guia de estudo poderá ser o nosso contrato de aprendizagem.


Até já,
Telma Jesus


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A minha resposta:


Olá Telma,


Concordo perfeitamente com a tua observação. Efectivamente a descrição que nos é facultada sobre o guia de estudos assume os contornos do nosso contrato de aprendizagem. Já tinha pensado nisto também!...


Um abraço,
Marina


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