Actividade 3 – Actividade de Pares
O que fazer?
1) Constituição livre dos pares: Constituí par com o colega Fernando Faria.
2) Leitura e análise dos textos propostos: Os textos propostos para análise foram os seguintes:
• Gomes M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.
"3) Elaboração de um documento (3/4 pág.) sintetizando as grandes linhas de força sobre o tema em estudo, complementada com uma breve reflexão final sobre o mesmo; A abordagem realizada poderá ser complementada com recurso a outras fontes, consideradas relevantes, para além das expressamente indicadas.
Apresentação no Forum da Actividade 3 até ao dia 30 de Dezembro. "
in Forúm de Apoio, Plataforma do Moodle, Concepção e Avaliação em E-Learning,
Professora Lúcia Amante.
2ª Fase:
Eis o nosso momento de reflexão final!
Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação
Unidade curricular:
“(…) o quê, quando e como avaliar?” (Primo, 2006: 17)
A avaliação em e-learning, as linhas pelas quais esta se orienta e a forma como se processa são as temáticas centrais dos artigos propostos para esta reflexão, ou seja, saber quem, o quê e como se está avaliar.
Com efeito, os três artigos de Maria João Gomes, Alex Primo e Elena Barberà, que nos foram fornecidos como Recursos de Aprendizagem para esta actividade, constituem excelentes exemplos das novas concepções de avaliação das aprendizagens em contexto online e servem de ponto de partida para uma reflexão sobre as perspectivas que têm vindo a emergir no contexto do ensino a distância.
No início dos seus artigos, os autores começam por rejeitar a forma tradicional de avaliação, em que o aluno, após um período de estudo individual, se apresenta a um exame de carácter presencial, onde os seus conhecimentos são postos à prova.
No contexto do ensino a distância, bem como no ensino presencial, Maria João Gomes identifica diversas funções para a avaliação: diagnóstica e formativa, sumativa, podendo ser de carácter qualitativo ou quantitativo.
Já para Elena Barberà, no seu texto Aportaciones de la Tecnologia a la e-Evaluación, a avaliação é composta por quatro dimensões que se interligam e se complementam:
“La evaluación puede ser entendida como evaluación del aprendizaje, es decir, la evaluación que nos da como resultado (…)
Así, la evaluación no es solamente evaluación del aprendizaje sino que es también evaluación para el aprendizaje. (…)
También se debería añadir la evaluación como aprendizaje. Esta dimensión contempla el aprendizaje mismo de la dinámica evaluativa en cuanto análisis y reflexión de las propias prácticas educativas llevadas a cabo por los propios alumnos. (…)
Por último la cuarta dimensión es la evaluación desde el aprendizaje.” (Barberà, 2006: 13)
Além de constituir um importante elemento relativamente a informações, como o período de maior afluxo dos estudantes, a actividade que resultou melhor (ou não), a participação mais bem conseguida numa determinada temática… Enfim, o conjunto destes detalhes permite ao professor avaliar o curso em si, saber o que correu bem e o que necessita de ser melhorado para cursos futuros. Porém, visto que o acto de avaliar é tão complexo, há que recorrer a outros elementos de cariz quantitativo – testes de escolha múltipla, verdadeiro/falso e de preenchimento de espaços lacunares, quizzes, etc. – e qualitativo – nomeadamente através da elaboração de E-portefólios - para aferir os resultados finais.
“Importa contudo ter a noção de que o tipo de técnica ou instrumento de avaliação seleccionado deve ser articulado com a natureza do que se quer avaliar e de que alguns tipos de instrumentos de avaliação são mais adequados a certos objectivos do que outros.” (Gomes, 2006: 11)
Se os quizzes e os testes de escolha múltipla permitem, uma vez analisados, criar e interpretar dados estatísticos concretos, as participações nos fóruns fornecem uma percepção da compreensão dos conteúdos abordados, sendo que é imprescindível que o professor ou tutor assuma a tarefa árdua e complexa de as analisar em termos de conteúdo, objectivos e regras de intervenção. Por outro lado, os E-portefólios facultam ao professor uma perspectiva de trilho representativo do cunho pessoal e reflexivo do aluno ao longo da unidade curricular, emitindo um feedback muito útil e relevante ao professor, uma vez que lhe dá a possibilidade de “conhecer” o perfil do aluno sem o contacto presencial.
Este tipo de avaliação proporciona ao professor a oportunidade de acompanhar de perto a trabalho do aluno, fornecendo-lhe um feedback atempado, motor principal da avaliação para a aprendizagem, segundo Elena Barberà.
Os mapas conceptuais constituem outra alternativa; uma vez que podem ser elaborados de forma colaborativa, facultam ao aluno uma boa estratégia de promoção da aprendizagem através da sistematização de ideias, sendo, no entanto, fulcral que o professor clarifique e delimite os seus objectivos e esteja “presente” apoiando os alunos em caso de dúvida.
Outro aspecto muito pertinente em termos de avaliação é quando as actividades assumem contornos colaborativos, isto é, quando são propostas tarefas a pares ou a grupos, pois não nos podemos esquecer do conceito de “comunidade de aprendizagem”, parte integrante da aprendizagem em EaD. Uma vez que o professor acompanha o desenrolar da actividade e presumivelmente já está familiarizado com anteriores intervenções dos alunos, facilmente se apercebe se o trabalho é feito colaborativamente ou não.
“Logo, além de motivar-se as discussões e debates na educação a distância, a produção de trabalhos coletivos ganha também enorme valor na construção cooperada do saber. (…) Com isso, o grupo torna-se também responsável por sucessivas ultrapassagens e reconstruções cognitivas.” (Primo, 2006: 17)
O acto de avaliar deve ser abordado à luz das suas diversas componentes e Maria João Gomes, no seu artigo “Problemáticas da Avaliação em Educação Online”, refere-as, delimita-as e indica com rigor que se deve acima de tudo optar por uma postura e abordagem “que seja holística, participada e formativa”. (Gomes, 2006: 18)
“A avaliação pode ter diversas funções, normalmente designadas de diagnóstica, formativa e sumativa, sendo que, em termos muito simplistas, à avaliação diagnóstica cabe a responsabilidade de permitir identificar o nível do aluno relativamente aos conhecimentos a adquirir e às competências a desenvolver no curso, à avaliação formativa compete facultar ao aluno e ao professor um feedback relativamente ao desenvolvimento das aprendizagens permitindo introduzir reajustes que se revelem necessários e sobre a avaliação sumativa recai normalmente a necessidade de facilitar a atribuição de uma “classificação” ao aluno.” (Gomes, 2006: 17)
Face ao exposto, o processo da avaliação é contínuo, activo, permanente, vivo e está sempre presente. Cabe ao professor escolher as formas de avaliar, podendo, no entanto, sugerir a diversificação de actividades a fim de enriquecer todo o processo e estimulá-lo através da diferença.
O “saber avaliar” implica competências e experiência, além de que é imperioso um olhar atento e cuidado sobre tudo o que acontece no decorrer do curso e, claro está, todos os detalhes devem ser cuidadosa e criteriosamente analisados para que o resultado final do percurso do estudante seja verdadeiramente transparente e claro.
Alex Primo, em Avaliação em Processos de Educação Problematizadora Online, conclui o seu artigo afirmando:
“A avaliação deve ser contínua, levando em conta todas as atividades desenvolvidas na rede. Todos os trabalhos escritos (…) devem ser acompanhados e avaliados pelo educador. (…) O próprio curso ganha com esse tipo de avaliação, pois quanto maior for a participação e contribuição dos educandos nas discussões e nos projetos alheios, mais eles enriquecem o processo educacional do grupo.” (Primo, 2006: 17)
Os últimos anos têm sido testemunhas de significativas alterações no EaD, fruto das mudanças introduzidas pela perspectiva construtivista da aprendizagem e pelas mais recentes tecnologias ao seu dispor. Estas alterações têm, consequentemente, um forte impacto na avaliação, para a qual se torna imperioso abandonar os métodos tradicionais e encarar novas formas e metodologias, sendo, assim, necessário adoptar procedimentos avaliativos de acordo com os novos paradigmas.
Bibliografia:
• BARBERÀ, E. (2006) “Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación”. RED. Revista de Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI. http://www.um.es/ead/red/M6/
• Gomes M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9420/1/Challenges-09-mjgomes.pdf
• PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In: Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola, v., p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf
• AMANTE, Lúcia (2009). "A Avaliação das Aprendizagens em Contexto Online: O E-portefólio como Instrumento Alternativo ". Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.
4) Apresentação do trabalho realizado ao Grupo turma no Fórum da Actividade 3
O nosso trabalho foi disponibilizado em versão PDF.
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(Esta parte - considerações finais - foi elaborada no dia 10.02.2011)
Eis o meu momento de considerações finais...
...relativamente ao trabalho com o colega...
Como já vem sendo hábito trabalho fluiu muito bem e de modo espontâneo. A partilha foi muito positiva e o artigo foi elaborado de modo colaborativo. A versão final foi surgindo de modo muito natural e, acho que posso falar pelo colega Fernando, estamos contentes com o resultado final e com o modo como elaborámos a orgânica da nossa actividade!
...relativamente aos textos abordados...
Os temas centrais dos textos analisados debruçavam-se sobre Avaliação em e-Learning e as “guidelines” pelas quais esta se orienta.
Quem?, O quê? e Como?
São numa fase primordial as questões (“básicas”) que nos vêm à cabeça quando pensamos em avaliação…, as outras debruçam-se com as constantes mudanças sociais e mundiais e o reflexo que estas provocam na nossa vivência. A avaliação já não se processa do mesmo modo que há dez anos atrás … há alterações…compete ao sujeito que avalia debruçar-se sobre estas e procurar criar, desenvolver e aplicar metodologias de avaliação actuais, rigorosas e adequadas ao sistema/metodologia de ensino/temáticas a avaliar. Tal processo não é fácil e é fruto de muito empenho e de contínuas reflexões.
Os textos propostos abordam estas questões e são um retrato fiel de toda esta problemática! Enfim…recomendo a sua leitura. Vivamente!
Um abraço,
Marina
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(Esta parte foi elaborada no dia 10.02.2011)
2ª Fase:
5) Participar num Debate sobre os trabalhos apresentados. Este debate terá lugar no forúm durante os dias 23 e 30 de Dezembro.
E eis que chega a fase do debate. Confesso que tenho vindo a "tentar disciplinar-me" cada vez mais nesta área. A temática é muito pertinente, deveras interessante e, além disso, a partilha de ideias com os colegas altamente proveitosa...Irei guardar para o final as minhas conclusões!
E eis as minhas participações neste debate que considero desde já muito produtivo e rico...
1ª Questão: "Avaliar quantidade?!"
No dia 27 de Dezembro de 2010, face a um post do colega APedrU relativamente a “Avaliar quantidade?” Escrevi o seguinte:
Olá António e colegas…
Bem, confesso que a tua questão me fez começar a teclar de imediato(!)…
Quem interage em primeiro lugar, ganha vantagem sobre os demais, de certa forma é como se de uma corrida de velocidade se tratasse. Quem arrebatar os melhores termos impede os alunos seguintes de participar.
Na minha modesta opinião e experiência de vida… quem interage em primeiro lugar, não significa que ganha vantagem sobre os demais! O trabalho de que cada um faz deve ser avaliado dentro dos parâmetros/objectivos delineados pela actividade especificamente, isto é…podemos estar perante um aluno que tem iniciativa, mas que falha no conteúdo o que para mim é efectivamente um desvalorizar do trabalho apresentado. Porém, podemos também ter um aluno que tem iniciativa e que cumpre os objectivos delineados, no entanto falha na entrega, e…este elemento para mim também significa desvalorização, visto que há outros colegas que, eventualmente se encontram na mesma situação, mas que entregaram dentro do prazo. Caso não seja apresentado um motivo válido…a penalização deve ser mantida. Existe ainda o aluno que cumpre todos os objectivos, mas que entrega o seu trabalho perto ou em cima da data limite…para mim, esta situação é perfeitamente aceitável, pois se estabeleci prazos, estes servem para ser cumpridos! Portanto, tudo depende do que estabeleço e proponho para a actividade… E atenção: Quantidade não é sinónimo de qualidade! (Pelo menos é o que penso, e acho, sinceramente, que não sou a única a pensar deste modo! )
Penso que não se trata de quem chega em primeiro lugar, mas sim de quem cumpre tudo o que é estabelecido e proposto para a actividade…pois, para correr já bem basta a loucura do dia-a-dia! É certo que a noção de competitividade está bem presente e viva em tudo o que fazemos, porém cabe a nós saber estabelecê-la e saber viver com ela de forma saudável e mentalmente sã.
“Deveremos sobre-avaliar quem participa mais, tirando o brilho aos outros?”
Quanto a esta questão…caro colega…
Os alunos são todos diferentes e por muitas comparações que façamos temos que estabelecer um equilíbrio. É um facto que tenho alunos cuja voz sobressai em relação aos outros, mas também há aqueles que mostram que sabem, mas ou sentem vergonha/timidez em demonstrar que sabem, e para estes crio estratégias…, por exemplo, chamo cada aluno de um modo (aparentemente) aleatório, mas certificando-me sempre que me dirijo a todos isoladamente – e isto faz-se muito facilmente em termos presencias aquando da correcção do trabalho de casa. Enfim…dia-a-dia, mediante as turmas que tenho, vou (re)criando os meus estratagemas e vou procedendo à avaliação deles tentando sempre obter um brilho colectivo! É certo que também coloco perguntas no ar à espera de respostas…mas estas regra geral são tipo um “ice-breaking” para o que se segue! Inibidos (?) é coisa que ao fim de algum tempo eles deixam de sentir e a par e passo todos começam a contribuir! Pelo menos falo por mim e pelo que vejo…
Em termos de avaliação online…bem, isso já é outra coisa, e muito quero eu aprender, pois a vontade de querer saber e aferir sobre tudo o que engloba o acto de avaliar online é tremendo, bem como a curiosidade! No entanto, concordo quando dizes:
“Em resposta ao número de respostas colocadas no fórum se quer as duas quer as cinco têm qualidade eu avaliaria as duas participações do mesmo modo, mas sei que pouco ou nada sei sobre avaliação em contexto online.”
Contudo, iria também, tal como o sugeres, orientar-me sempre pelos parâmetros estabelecidos e descritos no Contrato de Aprendizagem, pois é lá que estão sempre, de modo bem explícito e claro, as linhas orientadoras da unidade curricular e cabe ao “estudante online ideal” segui-las enriquecendo assim o seu percurso/desempenho educativo!
Quanto à tua questão sobre a participação dos alunos num glossário ou nos fóruns, pois penso que também podemos abordá-la nesse sentido, visto que um colega que chega atrasado a uma discussão também se pode sentir desse modo, vou deixá-la ainda no ar. Irei meditar sobre ela…e tentar desafiar algum colega a juntar-se a nós…o que achas?!
“Deste modo como podemos avaliar, num glossário, a participação dos primeiros alunos "beneficiados" relativamente aos últimos?”
Um abraço,
Marina
Olá colegas.
Esta questão da avaliação dos alunos que iniciam as suas contribuições nas discussões ou nos trabalhos mais cedo ou mais tarde, é muito interessante e pertinente, pois isto estará sempre a acontecer nestes ambientes de ensino on-line.
Barberà aborda no seu artigo que existia um problema na avaliação para aqueles alunos que não pretendiam fazer trabalhos conjuntos, ou seja, pretendiam o trabalho individual. Que fazemos a estes alunos? Damo-lhes uma alternativa de aprendizagem? Criamos dois processos de aprendizagem para o mesmo fim?
A discussão on-line, se for transplantada para uma discussão presencial, nem todos os alunos participam. Mas esses alunos que não participam na discussão, podem superar todos os outros dando provas individuais escritas ou práticas (testes/exames) e alcançar mais sucesso na sua aprendizagem.
Talvez no meio disto tudo, seja necessário misturar tantos os métodos tradicionais referidos por Primo e Barberà como as novas ferramentas processuais aplicadas actualmente, de modo, a tentar realizar uma avaliação justa e correcta.
Joaquim pinto
Ao qual respondi no dia 30 de Dezembro:
Olá Joaquim!
Em termos de avaliação, penso que não devemos seguir uma proposta em concreto. Acho que o ideal é criar a nossa proposta. No entanto, ao criarmos a nossa forma de avaliar e os nossos critérios para o fazer, não devemos fazê-lo de modo aleatório, penso que é importanto sondar primeiro e aferir como se faz. Quando referes:
"Talvez no meio disto tudo, seja necessário misturar tantos os métodos tradicionais referidos por Primo e Barberà como as novas ferramentas processuais aplicadas actualmente, de modo, a tentar realizar uma avaliação justa e correcta."
Acho que caminhas para o melhor trilho. Tenho aprendido muito ao observar os outros ... a observação e a experiência dos outros complementa-me e enriquece-me(!). O que é dito tanto por Primo como por Barberà é muito relevante e acho que o ideal é alcançar um equilibrio entre os dois para que o processo avaliativo possa decorrer de modo rigoroso, consciente, coerente e, sem que, futuramente hajam margens para dúvidas. É necessário proceder a um estudo prévio e teórico da condução antes de colocar as mãos no volante! Aliás isso é mesmo imperioso!
No entanto, relativamente a tanto em avaliação online como em presencial acho que se deve ter sempre em conta a junção de várias ideias/teorias a fim de clarificar e objectivar o processo da avaliação. Penso mesmo que se houve alguém que pensou sobre ou escreveu sobre algo, que neste caso é em concreto "Avaliar? Como, o quê e quando?", devemos debruçar-nos sobre este assunto e enriquecer os nossos horizontes com novas perspectivas de modo a nos completarmos enquanto eternos aprendizes educativos(!)...
Um abraço,
Marina
Olá Marina e Colegas,
eu penso que além de criarmos a nossa proposta de avaliação e implementá-la, devemos colocar à partida a hipótese de a mesma ser alterada e modificada, contribuindo para uma efectiva flexibilidade avaliativa e "uma avaliação justa e correcta."(Joaquim)
Até já,
Telma
Olá Telma,
Não sei se me expliquei bem...
O que quis referir é que ao criarmos a nossa proposta de avaliação esta nunca deve ser fixa, muito pelo contrário, deve se moldável adaptável, e mesmo, flexivel às realidades e necessidades do momento para que o processo avaliativo possa decorrer de modo (como o Joaquim bem refere) justo e correcto.
Acho mesmo que é importante quando pensarmos em avaliação termos em linha de conta os principios da flexibilidade e da adaptabilidade pois os contextos educativos alteram-se e a educação tem como destino seres vivos. E, como consequência, a educação (se me fôr permitido dizer), respira, vibra...enfim...vive e, como tal, sofre mudanças e passa por fases diversas...Tem o seu processo de vida em termos globais!...E...nós temos de a acompanhar tal como ela nos acompanha nas nossas vivências e experiências!...
Talvez possa fazer uma ligeira alteração a uns versos sobejamente conhecidos:
Sempre que um Homem aprende, o mundo pula e avança, como bola colorida nas mãos de uma criança.
(Texto original:
(...) sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança (...)
António Gedeão)
Um abraço...
Marina
Olá,
em resposta ao tema iniciado pelo Joaquim sobre uma avaliação justa e correcta quando sentimos necessidade de criar dois processos de avaliação para o mesmo fim:
Os processos de avaliação podem sempre suscitar dúvidas, principalmente quando se pretende entrar em comparações entre trabalhos e quando o fazemos de acordo com a nossa interpretação da qualidade do trabalho desenvolvido que nem sempre é a mesma de quem realizou o trabalho e de quem o avaliou (a subjectividade está sempre presente).
concordo com a Marina quando afirma: Avaliar? Como, o quê e quando?", devemos debruçar-nos sobre este assunto e enriquecer os nossos horizontes com novas perspectivas de modo a nos completarmos enquanto eternos aprendizes educativos
O conhecimento de várias casos e das diferentes soluções encontradas para a avaliação, pode-nos ajudar a encontrar uma que nos pareça mais justa quando sentirmos necessidade dela. Esta base de dados pode ser aumentada se necessário, pois não estamos sós. Podemos trabalhar em rede. Os alunos do MPeL (e não só, estão por lá outros entusiastas do elearning) estão quase todos no facebook e facilmente podemos criar um fórum de discussão.
Até já
APedro
Na sequencia de duas respostas aos colegas Ana Marmeleira e Joaquim Pinto, no dia 30 de Dezembro respondi da seguinte forma:
Caros colegas,
No ensino online, os LMSs enriquecem o processo da aprendizagem e facultam os intervenientes uma visão mais pormenorizada de todos as acções, permitindo aferir de modo mais concreto os registos e contribuições que tanto os alunos como os professores vão dando no decorrer das unidades curriculares. Eles são mesmo a ponte essencial que permite ao professor alcançar objectivamente dados sobre os alunos, contribuindo para a criação de uma noção de presença social de cada um e possibilitando uma identidade mais objectiva e concreta, e tal como refere Maria João Gomes:
“Importa ter presente que, do mesmo modo que os LMSs efectuam diversos tipos de registos de actividades dos estudantes, também fazem o mesmo relativamente às actividades dos professores (e tutores) do curso. (…) a consulta destes registos pode ser um elemento de auto e hetero – avaliação do envolvimento e desempenho do professor na dinamização e acompanhamento do curso.” (Gomes; 2006: 10)
Quanto a mim eles são o primeiro visionamento de um esboço de aprendizagem colaborativa, pois através destas intervenções iniciais dos colegas, vai-se construindo uma"manta em patchwork", que se completa e se complementa à medida que o trabalho vai assumindo contornos de mais partilha, entre-ajuda, intervenção e de trabalho conjunto e/ou colaborativo, e esta é uma perspectiva de Primo no seu texto:
“Logo, além de motivar-se as discussões e debates na educação a distância, a produção de trabalhos coletivos ganha também enorme valor na construção cooperada do saber. (…) Com isso, o grupo torna-se também responsável por sucessivas ultrapassagens e reconstruções cognitivas.” (Primo; 2006: 17)
“A avaliação deve ser contínua, levando em conta todas as atividades desenvolvidas na rede. Todos os trabalhos escritos (…) devem ser acompanhados e avaliados pelo educador. (…) O próprio curso ganha com esse tipo de avaliação, pois quanto maior for a participação e contribuição dos educandos nas discussões e nos projetos alheios, mais eles enriquecem o processo educacional do grupo.” (Primo; 2006:17)
Efectivamente, partilho esta ideia...tudo conta..."grão a grão enche a galinha o papo" - sempre ouvi dizer - e em termos de concepção de avaliação acho e defendo mesmo que o principio deve manter-se!
Para que a avaliação seja "saudável" e caminhe por um trilho certo, penso que todos os elementos do percurso do estudante deve ser tidos em consideração, seja ele um estudante online ou presencial...tudo é relevante, tudo é particular e tudo é espelho de aprendizagem/aquisição de conhecimentos, Maria João Gomes refere mesmo:
“A avaliação pode ter diversas funções, normalmente designadas de diagnóstica, formativa e sumativa, sendo que, em termos muito simplistas, à avaliação diagnóstica cabe a responsabilidade de permitir identificar o nível do aluno relativamente aos conhecimentos a adquirir e às competências a desenvolver no curso, à avaliação formativa compete facultar ao aluno e ao professor um feedback relativamente ao desenvolvimento das aprendizagens permitindo introduzir reajustes que se revelem necessários e sobre a avaliação sumativa recai normalmente a necessidade de facilitar a atribuição de uma “classificação” ao aluno.” (Gomes; 2006: 17)
• GOMES M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9420/1/Challenges-09-mjgomes.pdf
• PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In: Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola, v., p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf
Votos de excelentes reflexões...
Bjs,
Marina
A esta resposta tive um feedback bastante peculiar por parte do colega APedro…
Olá Marina,
concordo com o que escreveste. Questiono a necessidade de teres incluído a bibliografia numa participação no fórum atendendo que todos nós lemos e relemos os textos a que referes.
Fico com a ideia que estás a escrever uma mensagem para colocar no e-portefólio. Se for esse o caso, não deveria a mensagem ficar apenas pelo próprio e-portefólio?
(depois de ter lido o tua mensagem, surgiram-me dúvidas que estou a tentar esclarecer numa mensagem que coloquei mais abaixo: como participar)
Até já
APedro
Efectivamente, fiquei a pensar com esta intervenção…pensei…pensei… e enfim! Dado o tardio da hora, claro está que a bibliografia podia ser omitida. Além disso, estes textos foram analisados e sujeitos à nossa interpretação e aqui está a minha resposta datada ainda do dia 30 que não resisto a publicar!
Confesso que andava à procura deste teu post para te responder...
Relativamente à observação muito bem feita que fizeste ao meu post:
Tens razão com o que dizes:
"Questiono a necessidade de teres incluído a bibliografia numa participação no fórum atendendo que todos nós lemos e relemos os textos a que referes."
É que a partir de uma determinada hora e depois de finalmente ter o Dinis a dormir, tarefa esta que comporta inúmera tentativas frustradas (o traquinas já tem a malandrice toda estudada! ) o rendimento já não é o que era! Claro está que não era necessário ter colocado a Bibliografia...é uma força de hábito! Porém quando referes:
"Fico com a ideia que estás a escrever uma mensagem para colocar no e-portefólio. Se for esse o caso, não deveria a mensagem ficar apenas pelo próprio e-portefólio?"
Acho que devo dizer-te que estou a compilar todas as minhas intervenções, questões de colegas e as minhas respostas num documento ao qual retorno e complemento sempre que encontro este ou aquele elemento!
Agora considerando o que escreves aqui:
"Acontece que não sei como elaborar uma mensagem para colocar nos nossos fóruns de mestrado e não sei elaborar um e-portefólio (embora já o tenha feito)."
Meu caro e excelentissímo colega...nada temais, estou certa que depressa far-se-à luz sobre o desconhecido! E não pensais que estais só, muito pelo contrário...há muitos que vos acompanham...e eu sou apenas um deles!
Mas de uma coisa estou consciente, tal como tu também o estás...Sabes mais agora sobre e-portefólios do que antes e esse conhecimento tem vindo a ser objecto contínuo aprendizagem, sendo que, por si só já é um elemento muito pertinente e significativo para colocares num e-portefólio sobre a concepção de e-portefólios! ( )
Estou certa de que o que aprendemos quando elaborámos o nosso e-portefólio para o Professor António -Quintas em Comunicação Educacional, agora pode ser enriquecido, porém considero que a contribuição que a Professora Lúcia nos tem vindo a "incutir" (espero ser este o termo certo para o que pretendo!), seja também um forte contributo para a concepção desta tipologia de recurso de aprendizagem!
E, dito isto, junto a minha voz à tua e à da Maria João para que em unissóno as questões por vós apresentadas ecoem mais fortemente:
"como elaboramos o nosso portefólio? Existe uma norma que todos devemos seguir, ou trabalhamos cada um por si de acordo com o que pesquisamos sobre o assunto?"
Este debate foi electrizante e viciante, confesso-me colada à cadeira e ao pc...
Bjs e votos de um magnifico e concretizante 2011!
Marina
“Tenho por vezes um comportamento terrível, quando estou confuso, em vez de falar para os botões, coloco questões contrárias à ideia com que me identifico mais para tentar entender outro ponto de vista (desculpa Marina).
Concordo com o que dizes sobre o feedback, poderíamos estar a colocar comentários nos portefólios dos colegas (infelizmente o meu está a precisar de adquirir forma).”
Olá APedrU!
Desculpas mais do que aceites!
Efectivamente é um facto incontornável o que referes, segundo as palavras de Primo: “para saber como se avalia temos de saber como se aprende”, pois penso que só através da própria experiência e de momentos reflexivos, criticos e autonómos é que conseguimos começar a construir o nosso caminho! Para tal, muita partilha, interacção e muito trabalho colaborativo deve existir...a troca de ideias contribui e muito para a formação de todos nós...aliás considero-a tão relevante como o trabalho autónomo, individual!
Bjs,
Marina
2ª Questão: "Diversificação de instrumentos de Avaliação."
Considerando a questão sobre “Diversificação de instrumentos de avaliação”, no dia 28 de Dezembro a colega Margarida refere o seguinte:
Olá a todos os colegas
Vou pegar nas palavras da Paula e escolher o que quero discutir (não sei se repararam mas mudei o nome da minha resposta – diversificar instrumentos de avaliação).
Não é só pela participação em fóruns que conseguimos avaliar um aluno, pois há muitas competências que ficam de fora. Há pouco a Marina referia que há alunos que são mais tímidos e que se inibem mais de participar activamente numa discussão, mas podem ter uma excelente capacidade de organização e ser óptimos a dinamizar um trabalho de grupo com poucos elementos, ou ser capaz de reflectir sobre o processo, etc. Por isso, incluir instrumentos como os registos automáticos gerados pelos LMS; a elaboração de artigos; os fóruns electrónicos; a conversação síncrona; os portefólios digitais; os mapas conceptuais, entre outros, pode permitir uma visão mais completa do aluno e garantir uma avaliação mais justa.
Mas aqui tenho de concordar com a Maria João, o trabalho do professor fica bem acrescido, não acham?
Um abraço,
Margarida
Olá Margarida,
Pegando na tua questão...e lamento desde já...coloco-te outra (sei no entanto que não é muito correcto responder a uma questão com outra! ):
É ou não tarefa do professor procurar o equilibrio e ser justo face aos seus alunos?! E, refiro-me a tudo...
Por isso é que a nossa profissão não tem fim...vai-se complementando ora aqui, ora ali...mas a insatisfação e a necessidade de saber mais ou de fazer melhor é uma realidade incontornável! Faz parte do muro da insatisfações dos professores!!!
Bjs,
Marina
Olá
Temos discutido bastante sobre quantidade e qualidade, mas há um outro aspecto que foi referido inicialmente e que gostaria de retomar: a valorização do processo ou do produto final.
Perguntava a Cecília se estes dois aspectos se excluíam mutuamente. Pois eu acho que não. Um conduz ao outro. Como lemos nos textos que analisámos e noutra bibliografia afim, o processo é extremamente importante, pois é ele que vai permitir o desenvolvimento de competências. Ter chegado ao fim de um curso como o nosso tendo conseguido realizar todos os trabalhos pedidos, mas não tendo sido capaz de trabalhar em equipa, de promover um espaço social positivo, de discutir ideias, de reflectir sobre as aprendizagens, de colaborar, etc., não é sinónimo de ter atingido os objectivos pretendidos nem de ter desenvolvido as competências necessárias para promover um curso online. O que se pretende é que nós conseguíssemos ver na prática o que é trabalhar em regime de elearning, estudando como alunos e verificando na prática como a teoria funciona no nosso caso. Daí a Maria João ter iniciado e muito bem a nossa discussão com a expressão Teoria versus Prática.
Por exemplo, pensemos em quando preparámos o Congresso Virtual. Daqui a algum tempo, alguém se lembrará do artigo que apresentou e do nome do seu autor? Mas alguém esquecerá o que foi preciso fazer: as reuniões de preparação, a divisão de tarefas, a colaboração entre todos, os ensaios, etc. ? Termos sido capazes de organizar em grupo todo o processo revelou que aprendemos o que era preciso e que estaríamos aptos a repetir a experiência com outro assunto qualquer. Aqui não tenho dúvida que o processo tem de ser valorizado. É claro que se tivéssemos chegado ao Congresso e apresentado uma síntese medíocre do texto em causa não poderíamos ter deixado de ser penalizados pela fraca qualidade do produto final, pois era sinal que também não tínhamos compreendido o assunto em discussão. Mas se o produto falhou, é porque alguma coisa no processo falhou (nem que seja a revisão do texto por todos os elementos do grupo, por exemplo).
Resumindo, a avaliação mais adequada tem de incluir as duas coisas, atribuindo uma classificação ao processo e uma classificação ao produto.
Agora, qual deles terá um peso mais alto na classificação final? Espero que os meus colegas me ajudem a chegar lá...
[] Ana Marmeleira
Olá Ana!
Sem dúvida...o factor do como é que chegamos ao nosso destino é fulcral para podermos aferir de modo construtivo o nosso ponto de chegada, na verdad eles estão interligados e dependem um do outro para a criação de sucesso em termos de aprendizagens! A ideia de processo e de construção implica essa mesma noção, tanto em termos quantitativos como qualitativos, sendo estes do critério de quem avalia...Mas, atenção, também terão de ser considerados os critérios estabelecidos para as actividades! Estes servirão sempre de ponto de referência!
A minha experiência desde que iniciei este curso tem vindo a ser diáriamente complementada e enriquecida...faço coisas que nunca imaginei ser capaz de fazer...estou continuamente a testar os meus limites, e acredito que todos nós o estamos a fazer também...o caminho que escolhemos o processo que selecionamos para o fazer será um parte de elevada importância quando formos sujeitos à avaliação...será seguramente um valorizar do nosso percurso/processo ou do nosso produto final! Face a esta perspectiva, só posso concluir com o que referes pois partilho o teu ponto de vista!
Resumindo, a avaliação mais adequada tem de incluir as duas coisas, atribuindo uma classificação ao processo e uma classificação ao produto.
Quanto à outra questão...
Agora, qual deles terá um peso mais alto na classificação final?
Bem, isso já é outra matéria! E, teremos que aguardar por ela!...
Um abraço,
Marina
3ª Questão: "Critérios de Avaliação de e-Portefolios".
Relacionado com a questão dos “Critérios de avaliação de e-Portefólios”, no dia 28 de Dezembro de 2010, passo a transcrever a minha resposta à colega Maria João…
Olá Maria João,
Na sequência do que escreveste:
"O que eu penso ser interessante no e-portfolio é uma avaliação e classificação num determinado momento, mas essa avaliação deve fluir na alteração do e-portfolio no momento seguinte. Aliás, essa uma das grandes vantagens dos portfolios serem digitais, podem ser reorganizados de formas diferentes para ser apresentados em contextos diversificados ou seguindo objetivos muito diferentes."
Não podia estar mais de acordo...quanto a mim um e-portefólio deve ser um diário/relato vivo das experiências/aprendizagens e a sua avaliação deve caminhar nesse sentido, sempre tendo em conta uma perspectiva de continuidade e de construtivismo de conhecimentos. Considero que o acto de avaliar, além de envolver uma complexidade tremenda, deve prender-se sempre com objectividade, rigor, pertinência das respostas face às temáticas abordadas e também uma perspectiva de conhecimento progressivo, visto que estes elementos formam as bengalas que auxiliam o(a) executor(a) do processo avaliativo, guiando-o de modo consciente e coerente. Claro está que não é uma tarefa fácil...há que ter "olhos de lince ou de águia" como preferirem...mas por esse mesmo motivo é que o trabalho do professor é imparável e está sempre em renovação/reconstrução...é imperativo estar vivo e activo e que executa a avaliação tem forçosamente que fazer reciclagem e estar preparado para saber lidar com tanto as novas tecnologias, como também os novos formatos de avaliação e novas possibilidade de enquadramento avaliativo.
No caso dos e-portefólios digitais...a questão construtiva parece-me mais perceptível pois vai-se construindo e alterando...o que não deixa de ser uma desvantagem, pois pode-se deixar de ter acesso às primeiras visões e estas parecem-me muito ricas...os primeiros contactos enriquecem e muito todo o percurso! O que sugiro é em vez de alterar...ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho!
Um abraço e votos de reflexões produtivas,
Marina
No seguimento desta resposta, no dia 30 de Dezembro, o feedback da colega Maria João foi o seguinte:
Olá Colegas, :-)
Marina, pelo que entendo do conceito de e-Portefólios, estes apresentam sempre várias camadas e eu quero somente salientar que uma coisa é, por exemplo, uma apresentação que se fez sobre um determinado tema (esse será um produto que não irei, em geral, alterar posteriormente), e outra é a seleção, ou não, dessa apresentação, e a reflexão que faço sobre ela.
Vou tentar exemplificar. Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu e-Portefólio e reflectir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu e-Portefólio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram. Ou seja, o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação.
Chegando ao tema avaliação: é isso que me fascina no conceito dos e-Portefólios, eles permitem ao professor fazer uma avaliação do produto, mas também de todo o processo de construção deste, de todo o background do aluno, se levarmos ao extremo. E, nos dias atuais, podemos ter realmente 1001 produtos (apresentações, gráficos, imagens, vídeos, cartoons, ...) na internet, precisamos somente de ter um ponto (no nosso caso, o Blog do mestrado) para agregarmos os produtos que pensamos ser importantes para esta UC.
[]s MJoão
E, também no dia 30 de Dezembro, a minha resposta a esta intervenção foi…
Olá Maria João!
Entendo perfeitamente o que queres dizer quando referes:
"(...)o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação."
E o que pretendia dizer quando referi:
"(...) a questão construtiva parece-me mais perceptível pois vai-se construindo e alterando...o qe não deixa de ser uma desvantagem, pois pode-se deixar de ter acesso às primeiras visões e estas parecem-me muito ricas...os primeiros contactos enriquecem e muito todo o percurso! O que sugiro é em vez de alterar...ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho!"
É que as primeiras experiências nunca devem ser sujeitas a "delete" mas sim complementadas e enriquecidas por outras. Permitam-me a analepse...quando era pequena tive um brinquedo que não sei se conhecem...chamava-se um caleidoscópio e à medida que ia mudando a imagem, os elementos que formavam a primeira, mudavam de posição e surgia outra imagem. Os elementos que formavam a primeira imagem eram alterados para a outra que era mais elaborada e mais rica, mas a base era sempre a mesma...recordo-me de passar horas a brincar com ele e ficava fascinada com as imagens que se sucediam uma mais complexa e mais rica do que a anterior. Fiz referência a este momento da minha infância porque considero que:
Quando referi "ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho" estava a ir ao encontro do que dizes. Isto é, usando as tuas palavras (espero que me permitas !):
"Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu ePortfolio e refletir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu ePortfolio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram."
O facto de eu poder complementar o meu trilho com as minhas experiências e perspectivas reflexivas, fazendo recurso delas e complementando-as com a actualidade, por si só já é um singificativo contributo e elemento "a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação".
Bjs,
Marina
Olá Joaquim e Maria João,
Pelo que já li de portfólios e os que já tive de ajudar a organizar, fiquei com a ideia de que o portfólio reflexivo de aprendizagem, mais conhecido por PRA é o resultado do trabalho de reflexão sobre a aprendizagem e também ele próprio um momento de aprendizagem - uma auto consciencialização do que foi feito e da forma como foi feito. Este é o exemplo mais familiar e prático que conheço. Com base nesta experiência, cheguei à conclusão que todos os portfólios, mesmo que estruturados com base em algumas linhas orientadoras e sabendo os alunos dos aspectos mais relevantes a serem avaliadas, são sempre produtos únicos e originais e muitas vezes surpreendentes.
Avaliar portfolios também não é tarefa fácil, nem linear. É preciso um grande esforço de entendimento e de objectividade. Por exemplo, os parâmetros que o Joaquim apresenta, são aparentemente bastante explícitos e objectivos. Agora experimentem aplicá-los na prática, juntando um júri de três avaliadores por exemplo. Por vezes, as discrepâncias são bastante óbvias, mesmo tendo um referencial por medida. È um exercício interessante. Um quebra-cabeças
helena
Olá Helena,
Gostei muito de ler a tua resposta e tendo em conta o que escreves sobre os e-portefólios:
"(...)cheguei à conclusão que todos os portfolios, mesmo que estruturados com base em algumas linhas orientadoras e sabendo os alunos dos aspectos mais relevantes a serem avaliadas, são sempre produtos únicos e originais e muitas vezes surpreendentes. "
Não podia estar mais de acordo. Efectivamente para mim um e-portefólio é um "retrato fresco" de uma experiência ou de várias com um elevado teor reflexivo num determinado contexto e, considerando esta questão daí a singularidade, a originalidade e a exclusividade. Cada um de nós é caracterizado com um ser social, pensante, autónomo e crítico e, como tal, as escolhas que fazemos e o que decidimos é motivado pela nossa forma de agir e de pensar quer em termos individuais ou sociais, sendo tudo isto reflectido no trabalho que desenvolvemos...o e-portefólio espelha isso também pois ao relatarmos as nossas perspectivas/experiências estamos perante um quadro com pinceladas únicas e originais, visto que o caminho pode ser igual para todos mas a forma de sentir, de falar sobre e de viver essa é inigualável!
Quando nos apercebemos do estado em que iniciamos um determinado trilho, o percorremos e o concluimos, reflexivamente sofremos um tomada de auto-consciência que uma vez relatada particulariza cada um de nós enriquecendo-nos e complementando-nos.
"(...)os portfolios, mesmo que estruturados com base em algumas linhas orientadoras e sabendo os alunos dos aspectos mais relevantes a serem avaliadas, são sempre produtos únicos e originais e muitas vezes surpreendentes. "
Quanto à avaliação destes, claro está, também partilho a tua perspectiva quando mencionas que "não é tarefa fácil", porém uma coisa deve ser sempre consistente...estes aquando da sua elaboração, devem sempre convergir para os critérios estabelecidos pelo professor quando a tarefa foi designada...é imperativo que assim seja! (Pelo menos este é o meu ponto de vista! ) Caso contrário, teriamos um conjunto de trabalhos reflexivos cujos conteúdos seriam dispares e a avaliação teria igualmente de ser adequada a acada um deles, o que se traduziria numa tarefa ainda mais penosa!
Ainda relacionado com a questão dos critérios, pois acho que este assunto é fulcral...penso que estes devem ser claros, objectivos, transparentes e iguais para todos para que todos os intervenientes não tenham dúvidas quanto à avaliação qualitativa e quantitativa do seu trabalho reflexivo.
Um abraço,
Marina
Este tema é extremamente interessante e “aberto” em termos de discussão…uma discussão "ultra-dinâmica"! Ora vejamos o que a Maria João me responde! (Confesso que adorei trocar ideias com ela!:-))
Olá Colegas, :-)
Marina, pelo que entendo do conceito de e-Portfolios, estes apresentam sempre várias camadas e eu quero somente salientar que uma coisa é, por exemplo, uma apresentação que se fez sobre um determinado tema (esse será um produto que não irei, em geral, alterar posteriormente), e outra é a seleção, ou não, dessa apresentação, e a reflexão que faço sobre ela.
Vou tentar exemplificar. Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu ePortfolio e reflitir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu ePortfolio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram. Ou seja, o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação.
Chegando ao tema avaliação: é isso que me fascina no conceito dos ePorfolios, eles permitem ao professor fazer uma avaliação do produto, mas também de todo o processo de construção deste, de todo o background do aluno, se levarmos ao extremo. E, nos dias atuais, podemos ter realmente 1001 produtos (apresentações, gráficos, imagens, vídeos, cartoons, ...) na internet, precisamos somente de ter um ponto (no nosso caso, o Blog do mestrado) para agregarmos os produtos que pensamos ser importantes para esta UC.
[]s MJoão
A colega Telma juntou-se a nós…
Olá Maria João, Marina e Colegas,
li atentamente a mensagem da colega Marina e concordo com tudo o que referiu. Um e-professor deve à partida estar disponível para as várias mudanças de práticas avaliativas. Na minha opinião, as boas práticas devem sempre ser mantidas, quanto às menos boas devem ser alteradas, adaptadas e inovadoras tendo em conta o tipo de cursos ministrados e o perfil dos alunos que os frequenta. Regras rígidas devem ser evitadas. A liberdade que é facultada ao aluno para participar em todo o processo contribui em larga escala para a melhoria da qualidade deste tipo de cursos. Relativamente aos e-portfólios devem ser o espelho de todas as aprendizagens realizadas pelo aluno e são um excelente repositório de conhecimentos e conteúdos. Quanto à sua avaliação, são necessários critérios bem definidos que irão contribuir para a qualidade e riqueza dos conteúdos lá abordados.
Boas reflexões.
Telma
Olá Maria João!
Entendo perfeitamente o que queres dizer quando referes:
"(...)o produto é o mesmo, mas dependendo da forma como o agrego a outros, e como a minha reflexão é feita, altera de alguma forma tudo, ou melhor, coloca tudo numa outra luz e prisma. O que também por si só é algo mais a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação."
E o que pretendia dizer quando referi:
"(...) a questão construtiva parece-me mais perceptível pois vai-se construindo e alterando...o qe não deixa de ser uma desvantagem, pois pode-se deixar de ter acesso às primeiras visões e estas parecem-me muito ricas...os primeiros contactos enriquecem e muito todo o percurso! O que sugiro é em vez de alterar...ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho!"
É que as primeiras experiências nunca devem ser sujeitas a "delete" mas sim complementadas e enriquecidas por outras. Permitam-me a analepse...quando era pequena tive um brinquedo que não sei se conhecem...chamava-se um caleidoscópio e à medida que ia mudando a imagem, os elementos que formavam a primeira, mudavam de posição e surgia outra imagem. Os elementos que formavam a primeira imagem eram alterados para a outra que era mais elaborada e mais rica, mas a base era sempre a mesma...recordo-me de passar horas a brincar com ele e ficava fascinada com as imagens que se sucediam uma mais complexa e mais rica do que a anterior. Fiz referência a este momento da minha infância porque considero que:
Quando referi "ir inserindo e dando deste modo um "fresco" mais vivo de todo o trilho" estava a ir ao encontro do que dizes. Isto é, usando as tuas palavras (espero que me permitas !):
"Uma apresentação que eu tenha feito sobre um tema X, posso integra-la hoje no meu ePortfolio e refletir sobre ela, dizendo o que me levou a fazer essa apresentação, que suporte digitial utilizei e porquê, etc. Uns anos mais tarde, posso integrar essa mesma apresentação no meu ePortfolio, para mostrar, por exemplo, como eu via o tema antes e como os meus conhecimentos na área evoluíram."
O facto de eu poder complementar o meu trilho com as minhas experiências e perspectivas reflexivas, fazendo recurso delas e complementando-as com a actualidade, por si só já é um singificativo contributo e elemento "a ser valorizado e, consequentemente, potencialmente objeto de avaliação".
Bjs,
Marina
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O debate desta 3ª Actividade foi extremamente intenso (à semelhança dos anteriores… não sei se é por o tema da avaliação e de tudo o que a envolve me fascinar muito enquanto professora, formadora e educadora. Entre as questões, das quais destaco as três que referi, que orientaram o nosso debate e nas quais participei foram quanto a mim, além de muito emblemáticas, de extrema riqueza e controvérsia. Avaliar não é tarefa fácil…ao contrário do que muitos possam pensar…porém… saber avaliar e saber fundamentar são igualmente requisitos sobre os quais é nosso dever enquanto intervenientes activos no processo ensino-aprendizagem estar presente, activo, bem informado e actual em termos de prática (não me refiro claro está só à teoria!). Penso que foram inúmeras as abordagens e todas elas muito pertinentes…optei por colocar uma ou outra onde é mais evidente “presença social” porque, considero que efectivamente, o modo como abordamos e lidamos com este tema é um reflexo da nossa forma de estar não só enquanto profissionais, mas também enquanto cidadãos do mundo! Actualmente termo Avaliar e o processo que este comporta não é só do ensino, muito pelo contrário…diariamente somos confrontados com ele e procuramos sempre o melhor caminho/estratégia de modo a ficar com o nosso registo o mais positivo possível e isto, meus caros, é uma realidade inegável e sempre presente em cada acto diário! Há que saber justificar os porquês e fundamentá-los ainda melhor, pois só assim é que, no nosso bosque do conhecimento podemos caminhar para uma clareira onde os raios do sol entram e iluminam, conferindo transparência, objectividade, rigor e continuidade ao nosso percurso enquanto eternos alunos!
Um abraço a todos pela vossa presença, pelas vossas respostas e por saberem estar sempre lá!...
Muito Obrigada!!!
Marina
Olá Marina.
ResponderEliminarApenas para recordar que o primeira mensagem a que te referes na discussão da actividade 3 deve ser considerada no contexto: elaboração de um glossário.
APedro