A Actividade 2 tem como objectivo caracterizar diferentes modelos de desenvolvimento/avaliação da qualidade de cursos online.
Competências a desenvolver:
• Caracterizar diferentes propostas de desenvolvimento/avaliação da qualidade de cursos online.
• Identificar fundamentos subjacentes a modelos de avaliação de cursos online;
TAREFAS:
1º) Constituição de pequenos grupos (3/4 elementos) e selecção de um dos textos indicados em Recursos:
O nosso grupo foi composto por:
Fernando Faria, Marina Moleirinho, Marcus Vinicius e Telma Jesus.
O nome do nosso grupo é Van Gogh!
Decidimos abordar o texto intitulado:
• The Ideal Online Course, Allison CARR-CHELLMAN & Philip DUCHASTEL.
2º) Leitura e análise do texto escolhido, tendo em vista realizar uma síntese que foque os seus principais aspectos, caracterizando a proposta de modelo/avaliação da qualidade de cursos online:
Eis a parte que comecei a trabalhar:
THE IDEAL ONLINE COURSE - PÁGINAS 9, 10 E 11 – RESUMO:
Exemplos Online
Um dos elementos essenciais para o cumprimento das tarefas de aprendizagem estabelecidas é sem dúvida o factor da disponibilidade dos alunos face ao trabalho online. Esta indicação faculta ao aluno não só o nível do esforço que vai ser solicitado, mas também aumenta a qualidade do que é esperado na concretização do seu trabalho.
Outro factor igualmente significativo é o encorajar aos alunos a publicação contínua do seu trabalho, a fim de que os restantes colegas tenham acesso ao referido trabalho. Esta situação promove o sentido de partilha, visto que os alunos aprendem com o trabalho dos seus colegas e, inclusive, fomentam o sentido de melhoria do mesmo por si próprios quando lêem o trabalho dos outros e vice-versa, ou seja, quando o seu trabalho é sujeito a um elevado sentido de análise ponderada e critica construtiva por parte destes. É certo que esta questão da partilha pode originar situações de algum desconforto quando nos referimos à crítica, porém o sentido de uma aprendizagem colaborativa deve assumir contornos mais proveitosos e valiosos. Nesse sentido, as vantagens superam as desvantagens e uma aprendizagem colaborativa suplanta eventuais situações de alunos que preferem métodos de aprendizagem mais competitivos.
Comunicação no Curso
Intercâmbios Assíncronos
Existem três tipos de comunicação que devem ser tidos em consideração, nomeadamente a interacção entre o conteúdo e o aluno, a interacção entre o aluno e o instrutor e a interacção entre o aluno e o aluno (Moore and Kearsley, 1996). Estudos recentes vieram demonstrar que existe um beneficio na interacção entre o aluno e o aluno, visto que reduz o enfatizar da interacção entre o aluno e o instrutor, além de que rentabiliza o curso quanto estamos perante um numero elevado de alunos (Tinker 1997). A melhor forma de fomentar a interacção e o diálogo entre alunos na procura e fomento da aprendizagem é através dos fóruns criados para esse efeito. Nos fóruns toda a comunidade de aprendizagem interage e dialoga de forma ponderada e intelectual contribuindo para o desenvolvimento da partilha intelectual e proveitosa para todos. De um modo geral, estes fóruns contribuem para a continuação de posições individuais e/ou de grupo relativamente a aspectos pertinentes tendo em conta os objectivos propostos na orgânica do curso.
Estas discussões assíncronas na maioria das vezes conduzem-nos à formação de comunidades de aprendizagem em que os alunos partilham os resultados das suas aprendizagem e as suas experiências de vida reais, demonstrando que a aprendizagem não se fica só pelas leituras, mas também pela partilha das mesmas e pela partilha de situações narradas através da vivência de um Eu concreto e real.
Intercâmbios Síncronos
A grande vantagem dos intercâmbios síncronos relaciona-se com o facto de os alunos poderem participar de modo mais flexível e nos seus termos próprios. Com as interacções síncronas é permitido ao aluno a concretização de uma participação mais real em termos de conversação através de uma áudio conferência, chats de internet e de uma vídeo-conferência. As vantagens deste tipo de comunicação relacionam-se com um sentido de interacção mais directo (e direccionado), uma resposta “imediata” às questões colocadas e uma eventual contribuição para que a equipa constituída no futuro consiga sustentar as suas futuras interacções.
Comunicação e-mail
A já tradicional comunicação via e-mail é bastante útil na comunicação ente o aluno e o instrutor, nomeadamente no que se refere a feedback relativo ao progresso do aluno e dos trabalhos apresentados, bem como aos elementos pertencentes a questões administrativas. Aspectos colaborativos entre colegas relativamente a tarefas podem igualmente ser efectuados com recurso a e-mail. E, neste sentido, nota-se uma clara emergência de novas situações de multimédia como é o caso do voicemail e vídeomail. É recomendado que os instrutores considerem estas novidades como formas potenciais de promover e aumentar a interacção entre alunos.
Construção de Competência Interactiva
Actualmente a rede faculta maioritariamente informação relativa à procura e aquisição de modos de aprendizagem, no que respeita a materiais de aprendizagem autónoma. Contudo, como desenvolvimento de novas modalidades a nível de software tecnológico o potencial para sessões de rede interactiva torna-se cada vez mais uma realidade viável.
A abordagem pedagógica deve ser uma que dê ênfase ao diálogo intelectual para o desenvolvimento de todas as competências conceptuais e avançadas intelectualmente. Este dialogo, desenvolvido através dos meios descritos anteriormente, proporciona uma perspectiva de um número mais limitado de sessões interactivas guiadas, elaboradas e dirigidas a elementos especializados ou a elementos de um baixo nível cognitivo e de competências psicomotoras. Toda a filosofia desta forma de pensar se fundamenta nas actuais concepções da aprendizagem construtivista.
Bases Teoréticas
Nesta secção foram examinadas as bases nas quais o curso online ideal deve assentar, partindo para uma definição do que é a aprendizagem, ou seja, um processo de transformação de conhecimento que ocorre através da interacção de um indivíduo com informação no ambiente do referido indivíduo. O conhecimento tem aspectos associativos e estruturais e é uma questão altamente individual, tal como os educadores construtivistas descrevem. Neste sentido, os alunos interagirão com a mesma informação e irão proceder a elaborações e interpretações de modos diferentes. Face a este contexto, a diversidade e o nível da interacção de informação são os níveis chave aqui. A informação pode ser disponibilizada por meio de materiais de aprendizagem, como artigos, pelo instrutor sob a forma de comentários, ou por outros alunos num fórum de discussão. Deste modo, gradualmente, o aluno vai complementando e construindo o seu conhecimento, ora criticando, ora partilhando nas diversas interacções que lhe vão sendo propostas.
Tendo em consideração a perspectiva instrucional, esta é definida como a “construção” do contexto do aluno para optimizar a interacção de informação e posterior aprendizagem. Consideremos assim duas componentes: a primeira relaciona-se com a ideia de um compromisso que visa a procura inicial e constante de interacção, e, a segunda tem como alvo a adaptação, ou seja, o acto de se concentrar em aceder apenas à informação relevante (e nada mais). Deste modo, o compromisso por si só é uma componente com duas facetas: o interesse na informação e na sua interacção e o conteúdo e a ambiência social que o envolve. Igualmente significativo é o facto de o primeiro dizer respeito a um interesse intrínseco, visto relacionar-se com o que é denominado por motivação intrínseca ou curiosidade epistemológica, e o segundo criar um sentido de pressão, de manifestação, de perseverança em se sair bem nas tarefas propostas, que são visíveis em conotações de vivacidade à interacção quando o diálogo online surge com os colegas. Face ao descrito o acto de se focar em tarefas autênticas, como o colaborar numa aprendizagem interactiva, são manifestações de um sentido de compromisso significativo e visível do empenho e do cariz empreendedor do aluno.
A questão da adaptabilidade assume contornos muito significativos quando temos em linha de conta que o estar disponível para a informação certa no momento certo é muito pertinente. O curso online ideal procura estimular e dar ênfase à iniciativa e exploração individual por oposição a um estado de passividade e de mera receptividade de informação. Nesse sentido, o desafio instrucional é essencialmente um guia que estabelece necessidades individuais do estudante com os elementos adequados de informação quer esta seja estática ou dinâmica, encorajando sempre uma interacção baseada na iniciativa e numa postura independente, facultando um controle na aprendizagem e uma optimização que serve de ligação entre as necessidades e os recursos.
Outra ideia que se repete é o facto de os conteúdos altamente estruturados serem tendencialmente mais receptivos a um estilo de instrucional tradicional centrado no professor, porém o problema surge quando a análise dos conteúdos de aprendizagem já previamente descritos passam para o domínio da instrução, o que é natural visto que a instrução está ao serviço da aprendizagem.
FIM
________________
Artigo trabalhado:
CARR-CHELLMAN, Allison & DUCHASTEL, Philip (2000) "The ideal online course". British Journal of Educational Technology, Vol 31, Nº 3 (229-241).
http://www.personal.psu.edu/users/k/h/khk122/woty/F2FHybridOnline/Carr-Chellaman%202000.pdf
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3º) Apresentação ao grupo turma dos trabalhos desenvolvidos no forum Actividade 2:
A nossa versão final foi esta:
Trabalho: Grupo – Van Gogh (Apresentação)
O CURSO ONLINE IDEAL
Alison Carr-Chellman and Philip Duchastel
A Doutora Carr-Chellman é Professora Assistente de Sistemas Educacionais da Faculdade de Educação da Pennsylvania State University. É doutorada pela Indiana University - Universidade de Indiana em estudos de mudança sistémica, design de utilizador, e mudança assistida por tecnologia.
Esteve envolvida no fornecimento de educação a distância, no design educacional e Internet para a sala de aula.
O Dr. Duchastel esteve envolvido no ensino a distância desde o início dos anos 70, quando ingressou no Instituto de Tecnologia Educacional da British Open University - Universidade Aberta Britânica. Participou no desenvolvimento de um programa de doutoramento a distância na área de Tecnologia Educacional [http://www.nova.edu/pet/].
Endereço para correspondência:
Alison A Carr-Chellman,
Pennsylvania State University,
307 Keller Building, University Park, PA 16802, EUA.
Resumo
Este artigo aborda muitos dos principais problemas enfrentados pelos designers de cursos baseados na Web para universidades. Inspirados na experiência em educação a distância e Web design, foi desenvolvido um conjunto de componentes-chave a serem abordados durante a criação de um curso online "ideal". Esta análise força a consideração do que constitui boas práticas de ensino online, bem como, uma boa e efectiva utilização das tecnologias, que estão cada vez mais presentes nos nossos ambientes de ensino.
Introdução
O ensino baseado na Web é uma nova modalidade de ensino bastante popular que está a ser adoptado em todos os níveis de escolaridade e está gerando um grande interesse na tecnologia de ensino da comunidade I & D (Investigação e Desenvolvimento) (Kahn, 1997, 1998; Hackbarth, 1997).
A criação de cursos online de sucesso permanece uma proposta complicada neste momento.
Aspectos que contribuem para um curso online de sucesso:
• A análise de um projecto básico dos cursos online.
• Utilização da web como um meio para a disponibilização de ensino num determinado contexto.
• Não transpor para a Web o ensino original (tradicional), correndo o risco de tornar os cursos ineficazes.
• O design do projecto como um todo, incluindo ambos os elementos conteúdo- elementos básicos de design instrucional, tais como os objectivos e outros componentes encontrados em design instrucional tradicional (ver, por exemplo, Dick e Carey, 1996) e tecnologia - são os elementos da infra-estrutura do curso que apoiam a aprendizagem, tais como áudio-conferência, chat de internet, páginas web, etc.
• Questionar: um curso online ideal, em que consiste? Será que ele existe?
• Recorrer às tecnologias de componentes mais recentes, como uma tecnologia de utilização fácil (exemplo da Web).
O Dr. Duchastel esteve envolvido em educação a distância desde o início dos anos 1970, quando ingressou no Instituto de Tecnologia Educativa na Universidade Aberta Britânica, tendo participado no desenvolvimento de um programa de doutoramento oferecido a distância na área da Tecnologia Educativa. A Doutora Carr-Chellman tem leccionado ou investigado cursos baseados na web nos últimos três anos.
O que é um curso online?
Um curso online é, um curso que:
• É principalmente baseado na Internet (ou intranet, dentro de uma organização),
• Faz uma utilização ideal da World Wide Web como ferramenta principal de comunicação dentro do curso,
• Permite aos outros tirar o melhor partido da web em termos de exploração das vantagens que os mídia oferecem,
• Exige uma infra-estrutura informática acessível e bastante sofisticada (ao contrário de ensino a distância tradicional no modo texto) para assegurar que toda a comunicação ocorre sem contratempos,
• Aproveita ao máximo as potencialidades oferecidas pela web.
Cursos online. Porquê?
• Para dar resposta às necessidades de desenvolvimento profissional dos grandes aglomerados populacionais e da população em geral.
• Para abranger um maior número de estudantes independentemente da sua localização, quer estejam ou não no mercado de trabalho e trabalhar com eles de forma a tirar o melhor proveito da sua disponibilidade de tempo, energias e interesses, uma vez que nem todos precisam ou podem ser alunos presenciais nos cursos universitários tradicionais.
• O recente advento de ferramentas de design baseado na web, veio permitir a criação de cursos online.
• As despesas de educação a distância e os orçamentos das universidades e dos estudantes favorecem a criação deste tipo de cursos.
• Os custos para essas novas formas de divulgação da educação continuam a ser reduzidas anualmente (ver Daniel, 1996, para uma análise da situação), tornando-se viável para todas as instituições ou até mesmo os professores a entrar no mundo da educação online.
• Viragem na disponibilização de cursos, na qual as instituições tradicionais de educação a distância estão colocando muitos dos seus cursos online, como é o exemplo da British Open University, uma das instituições contemporâneas de educação a distância respeitáveis.
• Alargamento do campo de acção além das fronteiras da universidade (conceitual e geograficamente) para dar início a iniciativas de ensino a distância.
• Utilização de tecnologias disponíveis, por parte das instituições de educação a distância para melhor satisfazer o seu público-alvo e delinear cuidadosamente os cursos de educação a distância.
• Proibir o termo "sistema de entrega", em qualquer discussão sobre educação a distância ou ensino online, e em vez disso, utilizar termos como "ensino organizado" ou "criação de materiais de aprendizagem" que são mais adequados no ensino online.
• O novo paradigma online não apela tanto para o fornecimento de ensino a distância, como para a disponibilização de recursos de aprendizagem e actividades educativas para os alunos. Isto é válido sempre que os alunos são (apenas na rua ou de outro continente) e sempre que os alunos precisem dos recursos e das actividades.
• É necessário estar no lugar certo, na hora certa, para considerar como ideal a educação a distância.
• Uma das implicações da mudança de paradigma que estamos testemunhando é que o ensino a distância, como nós o conhecemos, desaparecerá. No seu lugar, veremos a proliferação da aprendizagem distribuída (Bates, 1995), ou a aprendizagem flexível (Stacey, 1995). Uma ilustração da fusão de fronteiras entre educação a distância e ensino presencial (face-a-face) é visto no Deacon University, na Austrália (http://www.deakin.edu.au/), onde uma parte do ensino é presencial e outra está disponível online.
• A própria distinção entre ensino online e ensino presencial está desfocada. A educação a distância do tipo tradicional (por exemplo, cursos por correspondência - paper-based) pode continuar a ser extremamente útil em países onde a infra-estrutura informática ainda não é sofisticada o suficiente, para suportar o ensino online.
• Chegará um momento em que as instituições de países em desenvolvimento podem saltar para essa infra-estrutura informática e tirar partido do potencial das novas tecnologias.
• Um dos maiores conflitos do ensino online de hoje espelha o actual conflito entre o ensino residencial - behaviorista ou construtivista. O ensino deverá ser centrado no Professor ou aluno?
• Os designers e os professores têm de escolher a melhor forma de associar as experiências de aprendizagem behavioristas e construtivistas para a criação dos seus cursos online.
• Actualmente, a vasta maioria dos materiais de aprendizagem online, particularmente aqueles traduzidos directamente das notas de aula presencial, são de natureza behaviorista (comportamental). Criar cursos online baseados na teoria construtivista ou no estudante, apresenta uma série de obstáculos que podem desafiar as economias de escala nas universidades interessadas na web como um gerador de receita.
• A promessa de modelos de aprendizagem brilhantes, centrados no aluno e na teoria construtivista, no futuro da educação online surge como uma necessidade que é vista em contextos específicos para uma interacção mais próxima do estudante e negociação de aprendizagens.
• É recomendado um ambiente decididamente centrado no aluno.
Tecnologias envolvidas num curso online ideal
Não basta transpor os cursos tradicionais para o novo meio que é a web para criar uma instituição online. Isto não tirará o melhor partido das oportunidades que a web constitui. É necessário que se reconheça que a educação online é um meio específico por direito próprio e, assim, terá o seu próprio design para formação efectiva.
As tecnologias actuais envolvidas no curso ideal são numerosas e incluem material textual baseado na web, tais como guias de estudo, fóruns de discussão síncronos e assíncronos, e-mail e comunicação de voz, quer via internet, quer por telefone.
Na maior parte dos casos, um tradicional livro é apropriado para um aluno estudar ao longo de um curso. Outros elementos, tais como imagens e vídeos, são apropriados em muitas áreas da educação, mas não em todas.
O curso online ideal
Descrevemos, nesta secção, a nossa concepção dos elementos de um curso online ideal.
Naturalmente, as orientações associadas com o curso online ideal só são úteis se forem confirmados com procedimentos de garantia de qualidade contínua. Muitas universidades têm departamentos associados com a educação online, através de formação contínua ou de divisões de educação a distância. Esses departamentos podem ser incumbidos de seguir orientações de design rigorosas e assegurar que todas as ofertas online são de alta qualidade. A nossa experiência sugere que, em alguns casos, foi dada mais atenção à promoção e à publicidade do que à garantia de qualidade, em alguns programas de graduação online. No entanto, atenção explícita a procedimentos de garantia de qualidade podem ajudar a mitigar esta situação. Essa atenção incrementará a qualidade, mas também aumentará os custos.
O guia de estudo
O guia de estudo online é, talvez, o elemento central de um curso online ideal. O guia de estudo é a referência principal do aluno ao conteúdo, à estrutura e às actividades relacionadas com o curso online. A essência de um curso online é a organização das actividades de aprendizagem e possibilita ao aluno atingir certos resultados de aprendizagem. É importante notar aqui que a tradicional prestação de formação recebe muito menos atenção nos cursos online do que no contexto tradicional de cursos presenciais do ensino superior. Estamo-nos a direccionar para um design de ambiente de aprendizagem mais centrado no aluno e baseado em actividades.
O guia de estudo deve incluir os elementos tradicionais de um bom design instrucional, em particular uma descrição clara dos objectivos instrucionais e dos objectivos de aprendizagem do curso. Estes últimos são expressos em termos de aprendizagem dos alunos, por oposição à cobertura dos conteúdos. O guia de estudo inclui também a lista de recursos de aprendizagem, tais como os capítulos de livros a ler, artigos associados a consultar, leituras suplementares e sites ou links de interesse, além daquelas mencionadas no curso. O guia de estudo deverá incluir os trabalhos ou projectos que os alunos terão que elaborar, juntamente com uma indicação clara dos elementos de qualidade que compõem os critérios de avaliação.
O guia de estudo online, ao mesmo tempo semelhante a um curso tradicional, é, de muitas maneiras, diferente. Os guias de estudo online devem fornecer um nível de detalhe suficiente para possibilitar ao aluno proceder sem grande interacção pessoal ou esclarecimentos do professor. Naturalmente, a assistência do professor está disponível durante o curso online ideal; no entanto, são imperiosas descrições claras e indicações no guia de estudo online.
Sem livro online
O curso online ideal geralmente não deve ter online os recursos de aprendizagem principais. A grande desvantagem de materiais de texto online está na interface pobre que o ecrã do computador oferece para a leitura, em comparação com o interface habitual do livro, que terá, presumivelmente, sido cuidadosamente projectado para ser usado como um texto (Jonassen, 1982). É, de facto, muito mais fácil para os alunos estudarem a partir de um livro tradicional do que vagar através de materiais textuais online de qualquer tamanho. Além disso, a portabilidade dos livros tradicionais torna-os recursos muito atraentes para os alunos que estão a ser convidados a passar muito do seu tempo online com outras experiências de aprendizagem. Talvez um dos poucos casos para os materiais textuais online é proporcionar aos alunos o acesso ao mais recente trabalho que pode não ter sido publicado ou incorporado nos livros tradicionais.
Pode haver uma vantagem para algumas mini palestras online, em formato de áudio ou vídeo, para fins de identificação com o instrutor e orientação geral sobre o assunto. No entanto, regra geral, a natureza activa da aprendizagem online opõe-se a grandes quantidades de texto através de notas de palestras, ou transcrição de palestras. Se, num curso, forem usadas palestras áudio ou vídeo, é essencial que eles se mantenham mínimas (na forma de áudio e vídeo clipes), por oposição às longas palestras. A sua finalidade não é especificamente transmitir informação em forma de conteúdo a ser aprendido, mas sim melhorar a identificação do aluno com o curso, a motivação para aprender e sentido de personalidade do instrutor a distância. O seu uso envolve uma função totalmente diferente daquela que pode ser encontrada numa palestra universitária tradicional e, portanto, assume uma forma completamente diferente.
Actividades
O curso online ideal é centrado no conjunto de actividades do aluno (projectos, tarefas) que constituem as experiências de aprendizagem em que os alunos vão participar, isoladamente ou em colaboração, para que eles dominem os objectivos do curso. Dirigimo-nos para um modo de aprendizagem que é menos dependente da aquisição de informação ou da cobertura de conteúdo através de palestras e mais dependente da aplicação e utilização dessa informação no mundo real, sempre que possível. Duas dimensões são centrais nesta mudança. A primeira é a importância da autenticidade nas tarefas que atribuímos aos alunos, de modo a optimizar a sua participação e envolvimento com a matéria (Jonassen et al., 1995; Wilson, 1996). Este nível de autenticidade é necessário para manter o interesse e a actividade por parte do aluno online, que enfrenta a desvantagem de não ter interação social sustentável encontrados em configurações instrucionais tradicionais. A segunda dimensão envolve um foco na busca de informação relevante pertinente para os objectivos de aprendizagem dentro da ampla gama de possibilidades oferecida não só pelo material do curso em si, mas também pela riqueza de informação e recursos de aprendizagem disponíveis na internet.
Na verdade, a nossa educação online permite uma forma de instrução muito mais aberta e menos restrita, em termos de resultados de aprendizagem a serem alcançados no âmbito do curso, do que era possível anteriormente (Duchastel, 1997). Um curso universitário online deve proporcionar aos alunos os objectivos gerais que devem ser atingidos, deixando-os com a latitude substancial e iniciativa de perseguir os seus próprios objectivos. Isso pode levar a uma diversidade de resultados de aprendizagem em alunos que estão perseguindo os seus interesses individuais, tudo dentro do contexto do curso comum. Esta ênfase sobre as actividades a serem realizadas como o principal elemento estruturante no curso está alinhado com a recente tendência em design instrucional para ambientes de aprendizagem baseados em problemas e na direcção dos objectivos gerais perseguidos nesse quadro de design instrucional (Savery e Duffy, 1996). Um dos elementos essenciais relacionados com as actividades é a entrega atempada de feedback aos alunos - para ajudá-los a melhorar a sua aprendizagem, por exemplo, corrigindo erros, e para fornecer orientações gerais às suas actividades. O feedback, em particular o feedback oportuno, pode ser uma questão importante relacionada com a carga de trabalho do instrutor ou do professor online. Não há dúvida de que o ensino online é mais intensivo em termos de tempo e requer uma atenção mais continuada, a fim de oferecer respostas mais rápidas às necessidades do aluno do que a educação presencial tradicional. Isto também desafia as economias de escala associadas a compreensões tradicionais do administrador de educação online. Porque o trabalho é intensificado, as cargas das faculdades devem ser totalmente reconsideradas nesta nova forma de educação. Não há nenhuma orientação simples para este processo, mas é algo a ser cuidadosamente pensado e estudado a fim de libertar o instrutor para verdadeiramente ministrar o curso online ideal.
Exemplos Online
Um dos elementos essenciais para o cumprimento das tarefas de aprendizagem estabelecidas é sem dúvida o factor da disponibilidade dos alunos face ao trabalho online. Esta indicação faculta ao aluno não, só o nível do esforço que vai ser solicitado, mas também aumenta a qualidade do que é esperado na concretização do seu trabalho.
Outro factor igualmente significativo é o encorajar aos alunos a publicação contínua do seu trabalho, a fim de que os restantes colegas tenham acesso ao referido trabalho. Esta situação promove o sentido de partilha, visto que os alunos aprendem com o trabalho dos seus colegas e, inclusive, fomentam o sentido de melhoria do mesmo por si próprios quando lêem o trabalho dos outros e vice-versa, ou seja, quando o seu trabalho é sujeito a um elevado sentido de análise ponderada e critica construtiva por parte destes. É certo que esta questão da partilha pode originar situações de algum desconforto quando nos referimos à crítica, porém o sentido de uma aprendizagem colaborativa deve assumir contornos mais proveitosos e valiosos. Nesse sentido, as vantagens superam as desvantagens e uma aprendizagem colaborativa suplanta eventuais situações de alunos que preferem métodos de aprendizagem mais competitivos.
Comunicação no Curso
Intercâmbios Assíncronos
Existem três tipos de comunicação que devem ser tidos em consideração, nomeadamente a interacção entre o conteúdo e o aluno, a interacção entre o aluno e o instrutor e a interacção entre o aluno e o aluno (Moore and Kearsley, 1996). Estudos recentes vieram demonstrar que existe um beneficio na interacção entre o aluno e o aluno, visto que reduz o enfatizar da interacção entre o aluno e o instrutor, além de que rentabiliza o curso quanto estamos perante um numero elevado de alunos (Tinker, 1997). A melhor forma de fomentar a interacção e o diálogo entre alunos na procura e fomento da aprendizagem é através dos fóruns criados para esse efeito. Nos fóruns toda a comunidade de aprendizagem interage e dialoga de forma ponderada e intelectual contribuindo para o desenvolvimento da partilha intelectual e proveitosa para todos. De um modo geral, estes fóruns contribuem para a continuação de posições individuais e/ou de grupo relativamente a aspectos pertinentes tendo em conta os objectivos propostos na orgânica do curso.
Estas discussões assíncronas na maioria das vezes conduzem-nos à formação de comunidades de aprendizagem em que os alunos partilham os resultados das suas aprendizagem e as suas experiências de vida reais, demonstrando que a aprendizagem não se fica só pelas leituras, mas também pela partilha das mesmas e pela partilha de situações narradas através da vivência de um Eu concreto e real.
Intercâmbios Síncronos
A grande vantagem dos intercâmbios síncronos relaciona-se com o facto de os alunos poderem participar de modo mais flexível e nos seus termos próprios. Com as interacções síncronas é permitido ao aluno a concretização de uma participação mais real em termos de conversação através de uma áudio conferência, chats de internet e de uma vídeo-conferência. As vantagens deste tipo de comunicação relacionam-se com um sentido de interacção mais directo (e direccionado), uma resposta “imediata” às questões colocadas e uma eventual contribuição para que a equipa constituída no futuro consiga sustentar as suas futuras interacções.
Comunicação por e-mail
A já tradicional comunicação via e-mail é bastante útil na comunicação ente o aluno e o instrutor, nomeadamente no que se refere a feedback relativo ao progresso do aluno e aos trabalhos apresentados, bem como aos elementos pertencentes a questões administrativas. Aspectos colaborativos entre colegas relativamente a tarefas podem igualmente ser efectuados com recurso a e-mail. E, neste sentido, nota-se uma clara emergência de novas situações de multimédia como é o caso do voicemail e vídeomail. É recomendado que os instrutores considerem estas novidades como formas potenciais de promover e aumentar a interacção entre alunos.
Construção de Competência Interactiva
Actualmente a rede faculta maioritariamente informação relativa à procura e aquisição de modos de aprendizagem, no que respeita a materiais de aprendizagem autónoma. Contudo, com o desenvolvimento de novas modalidades a nível de software tecnológico, o potencial para sessões de rede interactiva torna-se cada vez mais uma realidade viável.
A abordagem pedagógica deve dar ênfase ao diálogo intelectual para o desenvolvimento de todas as competências conceptuais e avançadas intelectualmente. Este diálogo, desenvolvido através dos meios descritos anteriormente, proporciona uma perspectiva de um número mais limitado de sessões interactivas guiadas, elaboradas e dirigidas a elementos especializados ou a elementos de um baixo nível cognitivo e de competências psicomotoras. Toda a filosofia desta forma de pensar se fundamenta nas actuais concepções da aprendizagem construtivista.
Bases teóricas
Nesta secção, foram examinadas as bases nas quais o curso online ideal deve assentar, partindo para uma definição do que é a aprendizagem, ou seja, um processo de transformação de conhecimento que ocorre através da interacção de um indivíduo com a informação no ambiente do referido indivíduo. O conhecimento tem aspectos associativos e estruturais e é uma questão altamente individual, tal como os educadores construtivistas descrevem. Neste sentido, os alunos interagirão com a mesma informação e irão proceder a elaborações e interpretações de modos diferentes. Face a este contexto, a diversidade e o nível da interacção de informação são os níveis chave aqui. A informação pode ser disponibilizada por meio de materiais de aprendizagem, como artigos, pelo instrutor sob a forma de comentários, ou por outros alunos num fórum de discussão. Deste modo, gradualmente, o aluno vai complementando e construindo o seu conhecimento, ora criticando, ora partilhando, nas diversas interacções que lhe vão sendo propostas.
Tendo em consideração a perspectiva instrucional, esta é definida como a “construção” do contexto do aluno para optimizar a interacção de informação e posterior aprendizagem. Consideremos assim duas componentes: a primeira relaciona-se com a ideia de um compromisso que visa a procura inicial e constante de interacção, e a segunda tem como alvo a adaptação, ou seja, o acto de se concentrar em aceder apenas à informação relevante (e nada mais). Deste modo, o compromisso por si só é uma componente com duas facetas: o interesse na informação e na sua interacção e o conteúdo e a ambiência social que o envolve. Igualmente significativo é o facto de o primeiro dizer respeito a um interesse intrínseco, visto relacionar-se com o que é denominado por motivação intrínseca ou curiosidade epistemológica, e o segundo criar um sentido de pressão, de manifestação, de perseverança em se sair bem nas tarefas propostas, que são visíveis em conotações de vivacidade à interacção quando o diálogo online surge com os colegas. Face ao descrito o acto de se focar em tarefas autênticas, como o colaborar numa aprendizagem interactiva, são manifestações de um sentido de compromisso significativo e visível do empenho e do cariz empreendedor do aluno.
A questão da adaptabilidade assume contornos muito significativos quando temos em linha de conta que o estar disponível para a informação certa no momento certo é muito pertinente. O curso online ideal procura estimular e dar ênfase à iniciativa e exploração individual por oposição a um estado de passividade e de mera receptividade de informação. Nesse sentido, o desafio instrucional é essencialmente um guia que estabelece necessidades individuais do estudante com os elementos adequados de informação, quer esta seja estática ou dinâmica, encorajando sempre uma interacção baseada na iniciativa e numa postura independente, facultando um controle na aprendizagem e uma optimização que serve de ligação entre as necessidades e os recursos.
Outra ideia que se repete é o facto de os conteúdos altamente estruturados serem tendencialmente mais receptivos a um estilo de instrucional tradicional centrado no professor, porém o problema surge quando a análise dos conteúdos de aprendizagem já previamente descritos passam para o domínio da instrução, o que é natural visto que a instrução está ao serviço da aprendizagem.
Capacitação interactiva
• Surgem as novas tecnologias de software permitindo a oferta de cursos no modelo CBT tradicional. Em alguns casos, esse modelo de aprendizagem é importante para construir certas competências. Embora esta modalidade de ensino seja particularmente importante na área de capacitação, não deve ser utilizadas em cursos que tenham a competência para o de desenvolvimento intelectual.
• A proposta apresentada tem uma abordagem pedagógica em que deve ser enfatizado o diálogo para troca de ideias provocando o desenvolvimento das habilidades conceituais provocada pela relação entre os companheiros de estudo através do diálogo. Essa linha de pensamento está alinhada com as concepções atuais da aprendizagem construtivista.
Bases teóricas
A visão na perspectiva da aprendizagem de um curso ideal:
• A aprendizagem tem o seu processo de transformação do conhecimento quando ocorre a interação do indivíduo com a informação e outro indivíduo. O conhecimento forma-se pelos aspectos associativos e estruturais e é uma questão individual, de acordo com os educadores construtivistas. Quando os alunos interagem com o mesmo tipo de informação, iram elaborar e interpretar de forma diferente.
• Os alunos podem precisar os elementos de informações diferentes um dos outros, a fim de compreender cada elemento comum de estudo. Diversidade e grau (potencial de) de interação de informação é a chave aqui. Informações podem ser fornecidas pelos materiais de aprendizagem (como o livro), pelo professor (por exemplo, comentários a uma atribuição), por outros estudantes (como num fórum de discussão online). O aluno gradualmente constrói o seu conhecimento através dessas diversas interações.
Berge (1997) observa que o ensino online, quando apresenta suas matérias de estudo, também aplica as perguntas para o conteúdo abordagens online. Esta é sem dúvida, a maior interação, especialmente com colegas estudantes que podem ser particularmente úteis em lidar com a informação que são carregadas de valores (muitas vezes, o caso em configurações aplicadas, onde a experiência prática de diferentes alunos pode ser partilhada com aproveitamento). Ao lidar com a informação altamente estruturada e consensual (pense no curso introdutório típico de um campo de estudo), a discussão aberta é menos crucial.
Gagne (1965) enfatizada que na teoria da aprendizagem, existe um debate contínuo na área sobre o construtivismo. Dentro desse contexto de discussão aberta, somado ao que corresponde as exigências do processo de aprendizagem com os tipos de conteúdo da informação.
Focando o processo da instrução no contexto da aprendizagem e otimizando a interação temos dois processos do aluno:
• Primeira – o envolvimento (iniciando e buscando a interação),
• Segunda – a adaptabilidade (permitindo o acesso apenas a informações corretas que for necessário).
Nesses dois processos temos dois aspectos:
• O interesse na informação com quem o aluno esta interagindo (o conteúdo) – nesse caso diz respeito ao que é chamado também de motivação intrínseca ou curiosidade epistemológica, instrucionalmente é gerado através da escolha e ordenação das informações a prestar e é em grande parte uma questão de seleção de conteúdo (a decisão fundamental de instrução).
• O contexto social em que o aluno está envolvido (os processos institucionais e do grupo) – nesse aspecto, no contexto social cria-se a situações individuais (onde o aluno realiza suas missões) ou acrescenta vivacidade na interação (dialogando com os outros online).
O foco em tarefas para avaliação e em colaborativas na aprendizagem, utilizando ambos os recursos no nosso curso online ideal, assumem um compromisso.
O curso ideal tem um tempo da adaptabilidade onde o aluno inicia sua atividade de exploração da informação disponibilizada e juntamente com essa informação vêm os desafios da instrução provocando uma atividade individual mais dinâmica.
Junto aos recursos acima comentados, temos a abertura na estrutura do curso para proporcionar a comunicação entre os alunos e consequentemente a construção de ideias do grupo leva-o para o domínio da instrução.
Alguns debates práticos:
Neste tópico, será analisado um conjunto de preocupações mais práticas, como:
1. A questão dos alunos serem estimulados através do regime do curso: procedimentos onde todos os alunos seguem as atividades em grupo dentro dos prazos estipulados ou o curso é totalmente livre onde o aluno entra e termina quando quer, seguindo a sequência que entender.
2. A importância do modelo face-to-face, a distância ou misto: Muitos educadores são ligados ao processo do face-to-face e acham que precisa de ter um mínimo de contacto nos cursos a distância. Muitas vezes, sentimos que o contato interpessoal é a nossa força, queremos aumentar esse tipo de interação. No final, a prática é que nos vai mostrar o que pode ser mais adequado e equilibrado usar: o face-to-face ou a interações a distância ou o misto com a definição percentual dos dois.
3. O grau de adaptação do aluno, temos questões como: qual é o benefício de uma componente síncrona e assíncrona para um curso online? Uma áudio-conferência e um chat online são exemplos dessas formas de interação síncrona. Alguns educadores acreditam que o seu valor é mínimo, enquanto outros não. Outra questão de interesse prático é o valor da avaliação e sua forma tecnológica de aplicação. No que diz respeito à tecnologia, alguns cursos online são o que pode ser chamado de programas multimídias, enquanto outros são relativamente simples. Existe valor engajado no primeiro, ou seja, um potencial de abstração no comportamento visual e interativo não só para o aluno, mas também para o designer do curso.
4. O acesso de forma pública/privada aos cursos online: Muitos cursos online exigem senhas para ter acesso, enquanto outros são abertos ao mundo para quem opta por utilizar os seus recursos. Há certamente vantagens e desvantagens em cada uma destas abordagens?
1. No caso de acesso aberto, temos a oportunidade de partilhar o material didático instrucional amplamente com muitas audiências para comentários e julgamentos e para servir uma vasta comunidade, incluindo aqueles que podem precisar de mais experiências de aprendizagem, mas não estão interessados em grau de concessão ou de empresas de rolamento de crédito.
2. Por outro lado, na maioria das instituições de ensino superior, o crédito é a moeda que representa o pagamento pelo curso, forma como as universidades suportam os custos dos cursos.
A questão do acesso livre ou acesso com senha é aquela onde cada faculdade terá que pensar nas vantagens ou desvantagens de cada abordagem. Estas questões, como a maioria das práticas, permanecem em aberto para muita experimentação.
Conclusão:
Definir o modelo de um curso online é muito complexo, envolve muitas variáveis de análise que vão desde a apresentação do conteúdo e o seu formato a tipos de interação.
As tecnologias estão fazendo com que os modelos sejam revistos, facilitando mais ainda o acesso à informação como a forma de interação dos alunos.
As teorias da aprendizagem também estão evoluindo e se adequando ao design instrucional de forma que ele vai crescer e abrir espaço para outras perspectivas no contexto de cursos online.
Foram descritos neste documento o reconhecimento dos riscos que envolvem a definição de um curso online ideal. A visão crítica neste trabalho é de debater, avaliar e identificar as diversas possibilidades que podem surgir em termos de ideias para o desenvolvimento de cursos online e interacção institucional.
4º) Discussão geral do grupo turma tendo em vista identificar pontos convergentes e divergentes no conjunto dos textos apresentados:
Discussão com os colegas:
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Olá Paula e colegas,
Tendo em conta a tua sugestão ...eis a minha contribuição para dois textos:
Artigos: The Ideal Online Course Quality Guidelines For Online Courses... Outros...
Características:
Problematiza e procura definir as vantagens do curso online ideal, apelando à pratica do ensino online e à divulgação da Web 2.0 como ferramenta a usar. Identifica e particulariza através do lançamento de questões os critérios da qualidade dos cursos online, visto que dada a mutação dos tempos se torna urgente aferir/avaliar qualidades e saberes sobre esta forma de ensino.
Fundamentos:
Todo o artigo evidencia procedimentos a ter em conta a fim de assegurar a qualidade do ensino online. São focados vários elementos essenciais, desde a enumeração do guia de estudo, até às actividades, passando pela comunicação e gerência desta, enfim... um conjunto de elementos pertinentes para que o curso online ideal surja na sua plenitude. Fundamenta e articula a sua linha de pensamento particularizando e exemplificando através do Modelo Edith Cowan, que baseia o seu método avaliativo em três áreas centrais: pedagogias, Recursos e Estratégias de disponibilização. No fio condutor do texto há a ideia de que facultar cursos de qualidade online é uma máxima a atingir.
Relativamente às leituras que fiz...
O texto que trabalhei com o meu grupo foi The Ideal Online Course. Achei todo o artigo muito interessante e de leitura acessível. Gostei particularmente do modo como o tema foi abordado e da forma como as linhas de orientação foram sendo apresentadas...houve problematização, apresentação de elementos e o facultar da pertinência desses elementos. Toda a orgânica do artigo me agradou desde o inicio e recomendo vivamente a sua leitura a todos os colegas.
Relativamente ao texto Quality Guidelines For Online Courses, achei que o trabalho dos colegas é louvável. A temática é igualmente interessante, motivante e segue um pouco a linha do artigo que trabalhei...isto é ambos argumentam o principio da qualidade e o alcançar da melhoria em cursos online e, tendo esse principio como base, procuram estratégias para chegar a esse "ideal". Gostei da apresentação dos colegas e confesso que sou uma fã da sistematização que o Prezi oferece...
Espero ter ido de encontro à sugestão da colega Paula e também um pouco do que a colega Cecília apresentou.
Para os outros textos...é necessário um pouco mais de tempo (tal como a Paula refere! )
Um abraço e votos de bom fim de semana,
Marina
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Olá caros colegas,
De um modo geral considero que a temática da avaliação é o tema central que atravessa estes artigos e face a este aspecto, eis a minha perspectiva sobre os textos em que ainda não me pronunciei:
Relativamente a Considerations for Developing Evaluations of Online Courses é definida e objecto de problematização a avaliação da qualidade dos cursos online considerando os seguintes itens:
- A avaliação deverá ser precedida de resultados explícitos;
-A avaliação deve distinguir usos formativos e sumativos;
- A avaliação deve ter a aprovação dos professores;
- A avaliação deve consistir em vários métodos;
- Os resultados da avaliação devem ser partilhados e usados;
- A própria avaliação deve ser avaliada.
Face a este cenário os professores são encorajados a proceder ao desenvolvimento de avaliações de final de curso específicas para o ambiente online e para o curso em questão. É igualmente sugerido que os instrumentos avaliativos sejam revistos, adaptados e adequados ao curso em causa e que estes façam parte do universo dos múltiplos métodos do processo avaliativo dos cursos dos professores. Penso que este texto apresenta uma abordagem muito própria e teorizada sobre o conceito de avaliação e como esta deve ser aplicada…uma leitura motivante!
No texto E-learning Quality: The Concord Model for Learning from a Distance, o processo avaliativo é analisado e objecto de reflexão cuidada tendo em conta o design instructional, os conteúdos e o impacto que estes têm no seu público-alvo, dando um destaque especial a este último que se reflecte no feedback fornecido. É igualmente dado ênfase ao facto de que para se conseguir uma boa avaliação se deve recorrer a uma tipologia de avaliação externa, que tenha como meta uma revisão/sugestão dos aspectos do curso ou da orgânica dos cursos passíveis de melhoramento. Acho que os colegas conseguiram apresentar os aspectos centrais do artigo, proporcionando um entendimento mais amplo e significativo.
Quanto a Defining, Assessing and Promoting E-learning Success: An Information Systems Perspective são bem delineados dois objectivos, nomeadamente o colmatar da necessidade de estudar o sucesso em E-Learning e o analisar a prática ou funcionalidade de um modelo de avaliação em E-learning. Uma vez apresentados os objectivos, procede-se à renovação de um Modelo de Sucesso em E-Learning já apresentado readaptado por DeLone e Mclean que se fundamenta em três estágios que se baseiam na concepção, na disponibilização e na análise de resultados, sempre tendo em conta que todas as fases de avaliação do sucesso assentam no princípio da interligação. Gostei muito da síntese apresentada pelos colegas e o tema abordado serve de complemento aos outros também apresentados.
Face a estas considerações, acho que é propicio acrescentar o que considero ser mais relevante:
- o processo avaliativo não deve ser sedentário, pelo contrário deve ser mutável, vivo e adaptável às circunstâncias e considerações que o envolvem, sempre tendo em conta aspectos a melhorar e a colmatar em beneficio do rigor e da eficiência da qualidade do curso (online) em vista;
- o processo avaliativo deve estar integrado no contexto das actividades em curso a fim de se alcançar uma avaliação o mais pura possível da performance dos alunos, visto que estes devem estar alertados e conscientes efectivamente do decorrer desse processo, sem esquecer depois um momento avaliativo para testar as competências - “skills & abilities” - adquiridas.
A título conclusivo termino com um pensamento para reflectir baseado na qualidade e na constante procura de melhoria de qualidade, sim porque acredito que há sempre espaço para melhorar e para progredir…
"A coisa mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direcção para a qual nos movemos." Oliver Wendell Holmes
Uma boa semana para todos,
Marina
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Na sequência de uma intervenção da colega Telma:
Olá colegas,
Relativamente às variáveis referidas pelo Marcus, saliento que no artigo The Ideal Online Course é feita uma abordagem ao guia de estudo. Se pensarmos bem, este guia de estudo poderá ser o nosso contrato de aprendizagem.
Até já,
Telma Jesus
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A minha resposta:
Olá Telma,
Concordo perfeitamente com a tua observação. Efectivamente a descrição que nos é facultada sobre o guia de estudos assume os contornos do nosso contrato de aprendizagem. Já tinha pensado nisto também!...
Um abraço,
Marina
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Olá, Marina!
ResponderEliminarParabéns pelo bom trabalho. Ajudou-me muito a entender os temas abordados nos artigos.
Abraço :-)